Ciclone australiano faz rombo nos lucros de Warren Buffett
O ciclone Debbie, que provocou grandes danos na Austrália em Março passado, estragou um pouco o clima de festa em que costuma decorrer a assembleia-geral de accionistas da Berkshire Hathaway, o conglomerado gigante gerido pelo multimilionário Warren Buffett, que decorre este sábado, 6 de Maio, em Omaha, no estado norte-americano do Nebraska.
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A unidade de seguros da Berkshire Hathaway foi bastante penalizada por um aumento da sua responsabilidade em relação a catástrofes ocorridas no ano passado e, sobretudo, pelas indemnizações pagas a clientes afectados pelo ciclone Debbie na Austrália.
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A brutal quebra da performance da unidade de seguros do império de Warren Buffett foi o principal factor de erosão dos lucros do grupo no primeiro trimestre deste ano, que caíram, em termos homólogos, cerca de 27% para 4,06 mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros).
Apesar desta redução dos lucros, nunca a Berkshire Hathaway teve tanta liquidez - no final de Março, a conta do grupo estava recheada com 96,5 mil milhões de dólares (87,9 mil milhões de euros), pelo que, prevêem os analistas, Buffett deverá estar próximo de concretizar uma grande aquisição.
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Entretanto, em Omaha, onde estão reunidos mais de 30 mil accionistas da Berkshire Hathaway, Buffett esfriou as expectativas relativas à baixa dos impostos determinada pela administração Trump, dizendo que isso não vai mudar a forma como investe nos seus negócios.
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"Não me lembro de ter enviado nada para os nossos gerentes a dizer ‘vamos fazer isso porque a lei tributária vai mudar’", disse o famoso investidor, que foi apoiante de Hillary Clinton, a candidata derrotada nas últimas presidenciais norte-americanas.
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