Lucros da Media Capital caem 90% nos primeiros nove meses

A dona da TVI registou lucros de 1,185 milhões de euros entre janeiro e setembro deste ano, uma queda de 90% face aos 12,081 milhões do mesmo período de 2018. Auditoria voluntária corrige contas do grupo, contabilizando mais 3,2 milhões de euros de passivo.
TVI
Correio da Manhã
Negócios 23 de Dezembro de 2019 às 19:26

A Media Capital reportou um resultado líquido de 1,185 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que corresponde a um recuo de 90% face aos lucros de 12,081 milhões regstados no período homólogo de 2018.

 

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Esta redução proveio, na maior parte, do desempenho operacional, refere a empresa no seu comunicado das contas. No terceiro trimestre, esta linha baixou de 1,6 milhões para -4,7 milhões.

O grupo sublinha que, tendo em consideração a auditoria voluntária realizada às suas demonstrações financeiras consolidadas a 30 de junho de 2019, por parte do auditor da sociedade, "foram identificadas incorreções relativas a, entre outros, erros de corte de operações àquela data, relacionadas com prestações de serviços e gastos operacionais, estando o resultado líquido consolidado a 30 de junho sobreavaliado em aproximadamente 3,2 milhões de euros".

"Foram ainda identificados pagamentos efetuados a terceiros após a referida data no montante de, aproximadamente, 1,6 milhões d eeuros, reconhecidos no período incorreto. Consequentemente, em 30 de junho de 2019 o ativo e o passivo encontram-se subavaliados em, aproximadamente, 300.000 euros e 3,5 milhões de euros, respetivamente", diz a nota introdutória do relatório e contas.

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Em consequência, "o conselho de administração da sociedade aprovou a informação intercalar relativa ao terceiro trimestre do exercício de 2019 tendo considerado nas respetivas demonstrações financeiras os efeitos identificados pelo auditor da sociedade que eram aplicáveis a 30 de setembro de 2019".

A empresa refere que, nos primeiros nove meses de 2019 os rendimentos operacionais recuaram 6% em termos homólogos, atingindo os 118,3 milhões milhões (contra 126 milhões em 2018), tendo a queda sido de 19% no trimestre completado a setembro.

No acumulado entre janeiro e setembro, os rendimentos de publicidade tiveram uma evolução negativa (-7%), tendo recuado 24% só no terceiro trimestre.

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No segmento de televisão, a publicidade registou uma variação de -11% (-32% no terceiro trimestre), ao passo que no segmento de Rádio & Entretenimento se verificou uma subida de 9% (+7% no 3T).

 

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Já no segmento Outros (que inclui as áreas do Digital, assim como a holding e os serviços partilhados do grupo), houve uma melhoria de 14% em termos homólogos (+23% entre julho e setembro), sublinha o documento.

 

Os outros rendimentos operacionais, compostos essencialmente por rendimentos de produção audiovisual, serviços multimédia e rendimentos de cedência de sinal, diminuíram 5%, "sobretudo devido a uma quebra nos rendimentos associados a serviços multimédia". No terceiro trimestre, a queda foi de 8%. O valor de 2019 inclui um milhão d eeuros decorrente da mais-valia da alienação de ativos fixos tangíveis no segmento Rádio & Entretenimento, refere o relatório e contas.

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No acumulado do ano, os gastos operacionais, excluindo amortizações, depreciações e gastos com restruturações, aumentaram 5%, passando de 101,0 milhões para 105,5 milhões. No terceiro trimestre, os gastos ajustados subiram 1% face ao período homólogo.

 

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Excluindo gastos com restruturações, o EBITDA consolidado do grupo foi de 12,7 milhões, contra 25 milhões de 2018.

 

A margem EBITDA ajustada passou de 19,9% para 10,8%. No terceiro trimestre, o EBITDA ajustado recuou de 5,3 milhões para -2,2 milhões, com a margem a reduzir de 13,5% para -6,9%.

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