Norte atrai quase metade dos empregos criados por estrangeiros em Portugal
Entre 2013 e 2018, o investimento direto estrangeiro (IDE) no Porto e Norte de Portugal apresentou uma taxa de crescimento média anual de 11,4%, "colocando esta região em clara ascensão no país", avança a consultora EY, que em conjunto com a InvestPorto, apresenta esta terça-feira, 16 de julho, os resultados do estudo sobre a atratividade desta região neste domínio.
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Segundo este estudo, denominado "Porto and Northern Portugal: A Magnet for Investment - Portugal Regional Attractiveness Survey 2019", no ano passado foram criados 2.754 novos postos de trabalho no Porto e Norte de Portugal resultantes de projetos de IDE, os quais representam 45% do 6.100 novos postos de trabalho criados por esta via em 2018, em todo o país.
França foi o país que mais investiu em 2018 na região Norte (46%), seguido da Alemanha, sendo que os setores que apresentam maior número de projetos são a Indústria - nomeadamente a fabricação de material de transporte -, a área digital, o agroalimentar e os serviços às empresas.
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A partir de dados da EY European Investment Monitor, este estudo, explica a EY, em comunicado, procurou "dar uma visão abrangente das dinâmicas e perceções dos investidores internacionais no que se refere à atratividade da cidade do Porto e da região Norte de Portugal".
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"Esta atratividade diferenciada do Porto e Norte de Portugal tem por base fatores como a qualidade de vida (91%), a estabilidade do clima social (79%), a infraestrutura de telecomunicações (77%), os custos de mão de obra (75%) e o potencial para o aumento de produtividade (72%)", refere Florbela Lima, partner EY e "strategy leader" da EY-Parthenon.
Destaca a consultora que "a evolução recente da economia do Porto e da Região Norte, que se traduz num crescimento do PIB duas vezes mais rápido quando comparado com a média nacional, contribui para que a confiança de investidores internacionais seja crescente e se mantenha em níveis elevados", notando que, em 2018, a região gerou 39% do total das exportações portuguesas de bens, determinando uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 131%.
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"O Porto é hoje uma das cidades mais procuradas para a instalação de grandes grupos internacionais, mas também de startups inovadoras que operam a partir do Porto para todo o mundo", afirmou Ricardo Valente, vereador da Economia, Turismo e Comércio da Câmara do Porto.
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Neste domínio, sublinhou, "a ação desempenhada pelo município do Porto, através da InvestPorto, tem permitido captar e apoiar ao longo dos últimos anos, mais de 320 projetos de investimento, 60% dos quais provenientes de mais de 30 países diferentes", o que, considerou, "reflete o crescente reconhecimento internacional da cidade e da região pelo seu ecossistema empreendedor, pelo contexto tecnológico e, sobretudo, pelo talento dos seus recursos".
Para Hermano Rodrigues, "principal" da EY-Parthenon, o Porto e Norte de Portugal posiciona-se "de forma muito privilegiada no radar do investimento internacional, especialmente em atividades altamente qualificadas e inovadoras".
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Para se manter competitiva, a região deverá focar-se no desenvolvimento da educação e das competências, no apoio às indústrias de alta tecnologia e à inovação, assim como na redução da tributação, aconselharam os investidores inquiridos no âmbito deste estudo.
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