Sonae investe 11 milhões para acolher mais 600 pessoas na Maia
No final de Outubro passado, o director-geral da Berg, marca de artigos de desporto "outdoor" da Sonae, recebia os jornalistas no novo centro de operações da marca, situado no O’Porto Bessa Leite, um edifício de escritórios à boca da Avenida da Boavista, no Porto.
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Aos 15 anos de idade, a Berg tinha assim saído do seio da "casa-mãe" na Maia. "Emancipámo-nos das outras áreas da Sonae. Temos uma identidade própria e uma estratégia de internacionalização", enfatizou, na altura, Miguel Tolentino. Acontece que diversos sectores do segmento de retalho especializado da Sonae, como a Berg, assim como da área de sistemas de informação do grupo, que ocupam alguns pisos do O’Porto Bessa Leite, vão regressar à "casa-mãe".
O Negócios sabe que o grupo liderado por Paulo Azevedo vai investir cerca de 11 milhões de euros na construção de um novo edifício de serviços no chamado Parque de Negócios das Empresas Sonae, onde pretende concentrar diversas operações que estão actualmente espalhadas por diferentes locais da cidade do Porto.
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Em causa está a transferência de cerca de 600 trabalhadores para o complexo-sede do grupo na Maia. O promotor oficial do novo projecto é o fundo de investimento imobiliário Imosede.
"O novo edifício de escritórios da Sonae deverá começar a ser construído no próximo Verão e ficar concluído no início de 2019", adiantou ao Negócios o vice-presidente da Câmara da Maia. Ainda segundo António Silva Tiago, o imóvel foi projectado pelo gabinete de arquitectura Barbosa & Guimarães, de Matosinhos, que ganhou o concurso de ideias lançado para o efeito pela Sonae. Trata-se do mesmo "atelier" de arquitectura que assinou o famoso e premiado edifício da Vodafone no Porto.
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Ligado à corrente "verde"
A nova torre de serviços, que vai nascer à face da Estrada Nacional 13, a chamada Via Norte, junto à sede da Sonae, será implantada numa área de 6.500 metros quadrados. Terá quatro pisos acima do solo (com uma área de construção de 6.933 m2) e cinco subterrâneos (com 9.405 m2), com estes últimos destinados a parque de estacionamento com capacidade para 363 veículos.
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O edifício, de acordo com informação camarária prestada ao Negócios, obedecerá "a princípios de sustentabilidade, aliados a uma responsabilidade ambiental e utilização eficiente dos recursos". Por exemplo, vão ser criados "lugares de estacionamento específicos para veículos eléctricos, com os respectivos pontos de carga, parque para bicicletas e respectivos balneários para banho e troca de roupa".
O projecto do "atelier" de arquitectura Barbosa & Guimarães considera ainda, entre outros factores de sustentabilidade, "um sistema inovador de iluminação natural que através de painéis solares ligados a fibras ópticas conduzem um feixe de luz directamente para luminárias colocadas nas áreas menos favorecidas pela luz natural".
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Contactada pelo Negócios, o grupo Sonae não quis prestar esclarecimentos adicionais sobre esta matéria.
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