Alemão L-Bank desafia supervisão do BCE e perde

O banco de investimento alemão L-Bank contestou o facto de ser incluído na lista de entidades sob a supervisão directa do BCE. O supervisor europeu recusou. Caso chegou ao Tribunal Europeu de Justiça que acaba de dar razão ao BCE.
BCE Banco Central Europeu
Reuters
Maria João Gago 01 de Junho de 2017 às 13:30

O Landeskreditbank Baden-Württemberg – Förderbank (L-Bank) saiu derrotado na sua intenção de escapar à supervisão directa do Banco Central Europeu (BCE).

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Desde Julho de 2014 que o banco alemão de investimento contestava a decisão do BCE de o incluir na lista de instituições financeiras significativas, cuja supervisão é feita directamente a partir de Frankfurt. O caso chegou mesmo ao Tribunal de Justiça da União Europeia que deu razão ao supervisor europeu, num acórdão datado de 16 de Maio.

 

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A decisão do Tribunal Europeu baseia-se, em grande parte, no facto de o L-Bank ter activos superiores a 30 mil milhões de euros, limiar que, de acordo com as regras europeias, dita que um banco seja considerada instituição significativa e, consequentemente, seja supervisionada directamente pelo BCE.

 

O banco alemão considerou que o seu caso apresentava condições específicas que deviam levar à sua exclusão da lista de instituições significativas. Mas tanto o BCE, como a Comissão Europeia – que chegou a ser chamada a dar parecer nesta questão – e o Tribunal Europeu de Justiça acabaram por concordar que não deveria ser aplicado qualquer regime de excepção ao L-Bank.

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Os juízes europeus consideraram "improcedentes" os cinco fundamentos em que se baseava o recurso do banco alemão.

 

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A "vitória" do BCE foi assinalada esta quinta-feira, em Lisboa, por Pentti Hakkarainen, membro do conselho de supervisão da entidade sediada em Frankfurt. "A decisão, no mês passado, do Tribunal de Justiça da UE no processo do L-Bank veio confirmar o estatuto do BCE neste domínio, deixando claro que o BCE tem competência exclusiva em questões de supervisão bancária no conjunto da união bancária", afirmou na Conferência Internacional Anual do Centro de Investigação sobre Regulação e Supervisão do Sector Financeiro.

 

Para este responsável, ficou agora claro que "o BCE tem a autoridade para liderar a supervisão de todos os bancos da área do euro com activos num montante igual ou superior a 30 mil milhões de euros".

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