Banca vai ter regras mais apertadas para enfrentar risco de mercado

Como incorporar nas contas a oscilação de acções que um banco tem em carteira? Esta é um dos aspectos na avaliação do risco de mercado. E, a partir de 2019, há novas regras a respeitar, decidiu o comité de Basileia.
Diogo Cavaleiro 14 de Janeiro de 2016 às 17:02

A crise financeira global de 2007 e 2008 deixou marcas. Continuamente, têm sido definidas regras mais rígidas para lidar com os riscos que então se materializaram. O Comité de Basileia, que junta os principais bancos centrais de todo o mundo como a Fed americana e o BCE europeu, lançou regulações mais apertadas para serem cumpridas em 2019. São relativas ao risco de mercado.

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Acções, obrigações, taxas de juro, petróleo, matérias-primas. Estes são instrumentos financeiros que são cotados em mercado regulamentado e que, por isso, estão sujeitos às oscilações de mercado. E os bancos tradicionais e os de investimento têm de lidar com tudo isto e têm de dispor de formas de contabilizar estas questões nos seus balanços. Basileia avança, agora, com um novo enquadramento menos maleável para o risco de mercado, com exigências de capital mínimas revistas.

 

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Foi, por exemplo, revista a fronteira entre o que é o balanço de negociação de uma instituição (trading) e o balanço da actividade bancária: "uma melhor definição das fronteiras servirá para reduzir os incentivos à arbitragem entre os balanços de actividade bancária e de negociação ao mesmo tempo que respeita as práticas de gestão de risco dos bancos", indica o comunicado publicado esta quinta-feira, 14 de Janeiro. Transferir instrumentos de um para o outro balanço pode ser uma forma de um banco esconder riscos, daí que Basileia queira colocar uma barreira a essa transferência. 

 

Um outro exemplo é o facto de Basileia querer mudar a lógica por trás do risco: quer passar de uma abordagem de "valor em risco" para uma medida que indique quais as necessidades de capital decorrentes do risco de mercado. 

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Estas são alterações consideradas com "peças-chave dos esforços do Comité de Basileia para reformar os padrões lobais de regulação em resposta à crise financeira global".

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