BES: Associações apelam a solução "justa" para todos os lesados
Mário Filipe Lopes, porta-voz da Associação Lesados Papel Comercial (ALPC), que representa os lesados com aplicações superiores a 250 mil euros, manifestou aos deputados a sua preocupação com o diferente tratamento que estes clientes vão ter face aos investidores em montantes abaixo dos 250 mil euros.
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"Fomos todos enganados nos mesmos produtos, aos mesmos balcões e pelas mesmas pessoas. Não é justo sermos excluídos de uma solução", considerou o responsável, cuja associação não está ainda registada junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) por ter sido constituída há menos de um ano.
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Por seu turno, Ricardo Ângelo, que lidera a Associação "Os Indignados e Enganados do Papel Comercial" (AIEPC), defendeu uma solução "o mais solidária possível" para todos os lesados, sublinhando que a proposta saída do grupo de trabalho que tenta resolver o problema "não é a ideal, mas é a possível".
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Já Luís Marques, representante da Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses (AMELP), destacou que os emigrantes estão fora da solução que está a ser preparada, mas mostrou-se esperançado que a audição de hoje permita alcançar um acordo que abranja também os emigrantes.
"Todos os grupos parlamentares mostraram-se muito sensíveis com esta situação. A situação dramática em que se encontram os emigrantes lesados é um real problema, que compreendem e querem resolver", afirmou à Lusa o responsável, vincando: "Não somos investidores, mas sim depositantes, com uma média de idade de 70 anos, que pouparam a vida toda depois de muito trabalho e que agora vivem uma situação de desespero".
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