Falta de informação de reguladores estrangeiros levou ASF a travar venda da Lusitânia
O presidente da ASF indicou, em audição na Comissão do Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, que o que se passou quanto à operação de venda da Montepio Seguros, que inclui a Lusitânia, foi "o processo normal de verificação". "Este não preenchia todos os requisitos" e por isso foi encerrado.
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Respondendo a questões dos deputados, José Almaça disse que a ASF "pediu informações adicionais a supervisores de outros países onde esse grupo está a trabalhar, as informações não foram respondidas e o processo não foi instruído".
Se o grupo CEFC pretender tentar novamente entrar no capital da Montepio Seguros terá de iniciar um novo processo, que seguirá exactamente os mesmos trâmites, porque este "está terminado", acrescentou.
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O deputado Carlos Silva, do PSD, questionou o presidente da ASF sobre o facto de apenas este ano ter sido feito um aumento de capital na Lusitânia quando os prejuízos eram conhecidos há um ano.
José Almaça indicou que a Lusitânia estava com um rácio de solvência de cerca de 98%. "Mesmo assim, mandámos que fizessem um plano de equilíbrio financeiro. Esse plano passava pela entrada do grupo chinês no capital. Quando tive noção de que o negócio não se realizaria falei com o accionista e ele capitalizou a companhia", detalhou.
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Em finais do ano passado, o grupo chinês CEFC anunciou ter chegado a um acordo para a compra de 60% da Montepio Seguros.
Segundo a edição de 14 de Maio do jornal Público, a Associação Mutualista Montepio Geral reforçou, por imposição da ASF, o capital da Lusitânia Seguros em 30 milhões de euros.
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