Governo italiano decide hoje o futuro do Paschi
O futuro do italiano Monte dei Paschi deverá ser decidido esta quinta-feira. Segundo fontes oficiais do Executivo de Gentiloni, citadas pela Bloomberg, está marcado para hoje, às 18:30 horas de Lisboa, um conselho de ministros que tem na agenda o decreto-lei sobre a ajuda ao sector bancário.
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Segundo a mesma fonte, o decreto, que já teve luz verde do parlamento italiano, também já foi aprovado pelas autoridades europeias. Este decreto autoriza o Governo a endividar-se em mais 20 mil milhões de euros, de forma a constituir um fundo para suportar o sector, sendo válido não só para o Paschi, como também para outros bancos.
A Bloomberg, referindo uma fonte oficial, avança que o Governo vai entrar no banco com os fundos que não ficarem assegurados por investidores privados, assim que fique claro o falhanço do plano de recapitalização de cinco mil milhões de euros.
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Em declarações ao Il Sole 24 Ore, o ministro italiano das Infraestruturas e Transportes, Graziano Delrio, referiu, contudo, que "ainda não está definido um conselho de ministros sobre o Monte dei Paschi".
A confirmar-se a reunião dos membros do Governo, esta decorrerá quando já estiver fechada a segunda operação de troca de dívida por acções, que não está a atrair o interesse desejado.
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Num comunicado emitido ao final do dia de ontem, o banco italiano anunciou que recebeu manifestações de interesse no valor de 2,45 mil milhões de euros, e que não tinha ainda conseguido atrair o interesse de um investidor de referência para a emissão de acções, que é fundamental para a recapitalização total de 5 mil milhões de euros.
Neste contexto, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de o Estado avançar com um resgate ao banco que, segundo alguns meios italianos, poderá estar finalizado em dois a três meses.
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Numa comunicação publicada no início da sessão de ontem, o banco avisou que poderá ficar sem liquidez mais rápido do que era previsto. Depois de ter dito na semana passada que a sua posição de liquidez de 10,6 mil milhões de euros deveria durar 11 meses, a instituição alertou agora que o prazo deverá ser mais curto, de apenas quatro meses.
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Além do Monte dei Paschi, há uma série de outros bancos mais pequenos apontados como os próximos na lista da intervenção do Estado: o Veneto Banca, o Popolare Vicenza, o Cassa di Cesena, Cassa di Rimini e Cassa di San Miniato, segundo o italiano Il Messaggero.
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As acções do Monte dei Paschi estão a descer, nesta altura, 0,61% para 16,20 euros, depois de terem oscilado entre ganhos e perdas durante toda a manhã. Chegaram a afundar 9,75% e a valorizar 4,29%.
Os restantes bancos estão a ser animados pela notícia do resgate ao Monte, por poder resultar na diminuição do risco sistémico no sector. O Banco Popolare ganha 6,53%, o Banca Popolare di Milano sobe 6,34% e o UBI Banca soma 4,05%.
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(Notícia actualizada às 12:24)
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