Lucro do Santander Totta mais que duplica para 114,5 milhões

A margem financeira avançou e as imparidades caíram, permitindo uma subida do lucro. O balanço alargou-se com a compra do Banif.
Diogo Cavaleiro 02 de Maio de 2016 às 12:21

O resultado líquido do Santander Totta ficou em 114,5 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que representa um crescimento que mais do que duplica o lucro de 53,8 milhões de euros registado um ano antes.

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As contas apresentadas esta segunda-feira, 2 de Maio, em Lisboa incluem já a integração do antigo Banif, a 20 de Dezembro de 2015. Ainda assim, "o impacto desta aquisição nos resultados do trimestre são marginais", assegurou António Vieira Monteiro (na foto) na conferência de imprensa de apresentação de resultados.

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Segundo explicou Manuel Preto, o administrador com o pelouro financeiro, o impacto é marginal porque as receitas obtidas foram praticamente compensadas pelos custos da operação para o banco.

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Em termos de indicadores operacionais, a margem financeira (diferença entre juros pagos em depósitos e juros cobrados em créditos) fixou-se em 180,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um avanço homólogo de 26,8%. O custo dos depósitos caiu, levado pela queda das taxas do mercado, o que contribuiu para esta melhoria da margem.

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As comissões líquidas também avançaram 26,8% para 84,9 milhões de euros, sendo que as operações financeiras também melhoraram. Tudo junto, o produto bancário ganhou 38,9% para 315,9 milhões de euros.

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Entretanto, os custos operacionais do Totta aumentaram 23,3% para 144 milhões de euros, o que teve em conta a operação de aquisição do Banif, segundo explicou Manuel Preto.

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O dinheiro colocado de lado para imparidades (para precaver eventuais perdas futuras) deslizou 58,5% para 14,2 milhões de euros, o que também deu margem para a subida do lucro.

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O rácio de capital de referência, Common Equity Tier 1, fixou-se em 15%, caindo dos 15,4% do ano anterior.

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Crédito cresce com aquisição

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O balanço do banco liderado por Vieira Monteiro expandiu-se com a aquisição do Banif no âmbito da medida de resolução aplicada ao banco. O crédito bruto ficou em 34 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2016, um avanço de 28,5% em relação ao período homólogo. Ainda assim, em termos trimestrais, recuou 0,2% face a Dezembro de 2015 (quando já estava o Banif integrado).

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Já os recursos de clientes, que incluem o depósitos, subiram 23,3% para 31,2 mil milhões de euros.

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