Moody’s corta ratings de cinco bancos gregos
A Moody’s cortou o rating de ‘Caa1’ (nível que recai na sétima categoria de lixo) do Piraeus Bank, do National Bank of Greece e do Alpha Bank em um nível, para ‘Caa2.’
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Já as notações do Eurobank Ergasius e do Attica Bank passaram de ‘Caa2’ para ‘Caa3’, ficando assim no último nível da categoria de elevado risco de incumprimento (ou seja, a capacidade de reembolso da dívida depende de condições favoráveis e sustentáveis). O nível seguinte já é considerado "default".
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A agência refere também que colocou todos estes ratings sob revisão para possível corte adicional das classificações.
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Esta medida da Moody’s de reduzir a notação da banca grega segue-se à decisão, no dia 6 de Fevereiro passado, de colocar a dívida soberana da Grécia, que está em ‘Caa1’, com perspectiva de novo corte.
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"A decisão desta segunda-feira, 9 de Fevereiro, de cortar estes cinco bancos gregos, deve-se ao facto de a Moody’s não perspectivar grandes probabilidades de um apoio sistémico à banca. E isto devido a uma maior incerteza quanto à capacidade do governo de chegar a acordo com os credores oficiais a tempo de atender às suas próprias necessidades de financiamento e de liquidez, bem como devido à provável redução da capacidade do Fundo Helénico de Estabilidade Financeira de sustentar os bancos em caso de necessidade", sublinha o relatório da agência.
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Segundo a Moody’s, a próxima avaliação terá em conta as pressões de liquidez e de financiamento com que os bancos se deparam. "Além disso, avaliará a exposição directa dos bancos à dívida soberana e o impacto, na qualidade dos activos e na solvência, de um ambiente operacional mais debilitado".
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Numa análise divulgada nesta segunda-feira, o instituto Bruegel conclui que o sistema bancário grego está "sob stress severo após as turbulências do mercado causadas pela incerteza política". "Se estas turbulências gerarem quedas adicionais no PIB, maiores perdas com crédito malparado e novos aumentos dos créditos de cobrança duvidosa, a base de capital do sistema bancário grego pode ser seriamente afectada". Ou seja, para voltarem a ser considerados solventes e elegíveis para financiamento junto do BCE, os bancos gregos poderiam ter de receber mais injecções de capital do Estado grego, que tão pouco parece ter meios para subsistir sem novos empréstimos europeus.
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