Moratórias são bomba relógio? Só com retirada prematura dos apoios à economia, diz BCP

Miguel Maya, CEO do BCP, alerta que os apoios às empresas, em contexto de pandemia, não podem ser retirados antes de as sociedades terem capacidade para responder às suas obrigações.
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Rita Atalaia 27 de Outubro de 2020 às 11:02

Miguel Maya, presidente executivo do BCP, diz estar otimista em relação à evolução da economia, mas alerta para o risco de se retirar os apoios às empresas antes do tempo. "Temos de dar tempo à economia para respirar", defende o gestor. 

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"Estou bastante otimista porque acho que o tecido empresarial português evoluiu na última década", começa por dizer Miguel Maya na conferência "Banca do Futuro", organizada pelo Negócios, esta terça-feira.

Assista aqui à transmissão do Grande Encontro Banca do Futuro

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Além disso, disse o gestor, a banca está hoje melhor preparada para responder à crise atual do que estavam na crise anterior. 

Ainda assim, há riscos, nomeadamente se "começarmos a tirar estes apoios [às empresas] antes do tempo", refere Miguel Maya, notando que não vê as moratórias como uma "bomba relógio", mas sim se "tirarmos o apoio à economia antes de as empresas" terem liquidez. 

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Por outro lado, Paulo Macedo, CEO da Caixa Geral de Depósitos, afirma que a questão das moratórias vai "depender do que vai acontecer às empresas" e se haverá uma "saída sustentável" desta medida. Ou seja, se haverá apoio às empresas na saída das moratórias e ambiente económico que permita que estas sociedades possam fazer face ao cumprimento de dívida, refere o gestor. 

Há, portanto, "um papel ativo da parte das empresas, do Governo e dos próprios bancos", pois o setor "quer fazer parte desta solução", remata Paulo Macedo. 

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Ao Expresso, o ministro da Economia afirmou recentemente que o Executivo de António Costa já está a trabalhar num plano de saída das moratórias, mas indicar grandes detalhes. 

As declarações foram feitas durante a conferência "Banca do Futuro" organizada pelo Negócios esta terça-feira. No evento estiveram presidentes António Ramalho, CEO do Novo Banco, João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI, Miguel Maya, presidente da comissão executiva do BCP, Paulo Macedo, presidente da comissão executiva da CGD, e Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal.

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