Moratórias são bomba relógio? Só com retirada prematura dos apoios à economia, diz BCP
Miguel Maya, presidente executivo do BCP, diz estar otimista em relação à evolução da economia, mas alerta para o risco de se retirar os apoios às empresas antes do tempo. "Temos de dar tempo à economia para respirar", defende o gestor.
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"Estou bastante otimista porque acho que o tecido empresarial português evoluiu na última década", começa por dizer Miguel Maya na conferência "Banca do Futuro", organizada pelo Negócios, esta terça-feira.
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Além disso, disse o gestor, a banca está hoje melhor preparada para responder à crise atual do que estavam na crise anterior.
Ainda assim, há riscos, nomeadamente se "começarmos a tirar estes apoios [às empresas] antes do tempo", refere Miguel Maya, notando que não vê as moratórias como uma "bomba relógio", mas sim se "tirarmos o apoio à economia antes de as empresas" terem liquidez.
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Por outro lado, Paulo Macedo, CEO da Caixa Geral de Depósitos, afirma que a questão das moratórias vai "depender do que vai acontecer às empresas" e se haverá uma "saída sustentável" desta medida. Ou seja, se haverá apoio às empresas na saída das moratórias e ambiente económico que permita que estas sociedades possam fazer face ao cumprimento de dívida, refere o gestor.
Há, portanto, "um papel ativo da parte das empresas, do Governo e dos próprios bancos", pois o setor "quer fazer parte desta solução", remata Paulo Macedo.
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Ao Expresso, o ministro da Economia afirmou recentemente que o Executivo de António Costa já está a trabalhar num plano de saída das moratórias, mas indicar grandes detalhes.
As declarações foram feitas durante a conferência "Banca do Futuro" organizada pelo Negócios esta terça-feira. No evento estiveram presidentes António Ramalho, CEO do Novo Banco, João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI, Miguel Maya, presidente da comissão executiva do BCP, Paulo Macedo, presidente da comissão executiva da CGD, e Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal.
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