Sabadell volta a dizer não ao BBVA. Mas a OPA abriu uma brecha acionista
O Conselho de Administração do Banco Sabadell rejeita os termos revistos da OPA lançada pelo BBVA, que na semana passada melhorou o preço oferecido em 10%: passou a oferecer uma ação sua por cada 4,8376 ações do Sabadell.
“A oferta revista continua a subavaliar o Sabadell e a destruir valor para os acionistas”, escreve a equipa de gestão do banco em comunicado enviado à CNVM (A comissão do mercado de valores mobiliários espanhola).
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Na resposta à OPA, o Conselho de Administração decidiu nesta terça-feira melhorar a distribuição de dividendos deste ano, elevando-a de 1,3 mil milhões de euros para 1,45 mil milhões de euros. E promete continuar a lançar programas de recompra de ações para remunerar os detentores de capital. A equipa de gestão entende que a política de remuneração acionista do banco é superior à oferta revista do BBVA.
O banco liderado pelo “chairman” Josep Oliu e pelo CEO César González-Bueno entende ainda que a oferta hostil subavalia o banco: “O valor do Sabadell é 26% superior ao da oferta revista”, escreve a instituição no mesmo documento. O Conselho de administração entende que o banco vale 4,2 mil milhões de euros, acima dos 3,36 mil milhões da oferta.
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O dia fica também marcado, no entanto, pelo primeira brecha acionista relevante causada pela OPA. O maior acionista privado da instituição, com 3,86% do capital, decidiu aceitar a oferta. O mexicano David Martinez já antes tinha manifestado apoio à fusão. Agora, passou em definitivo para esse lado da barricada. A imprensa espanhola cita um relatório do conselho de administração no qual o empresário justifica a decisão. "Decidi participar na oferta apresentada pelo BBVA porque acredito que a consolidação das instituições resultará numa entidade ainda mais competitiva".
O acionista considera o preço da oferta "secundário" em comparação com os “benefícios estratégicos de longo prazo da integração".
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