Santander teve de injectar 13 mil milhões no Popular por causa da fuga de depósitos

Antes da resolução, a fuga de depósitos no Popular atingiu os dois mil milhões de euros por dia, o que obrigou o Santander a injectar 13 mil milhões de euros aquando da compra, para travar a sangria.
Bloomberg
Rita Faria 27 de Junho de 2017 às 10:03

O Santander teve de injectar 13 mil milhões de euros no Popular, no início deste mês, para responder à fuga de depósitos de quase dois mil milhões de euros por dia, motivada pelos receios em torno da instituição, que acabou ser por alvo de uma resolução.  

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Segundo o espanhol El País, o banco liderado por Ana Botín teve de injectar este montante no Popular logo que comprou a instituição por um euro, no dia 7 de Junho, numa transferência de dinheiro "sem precedentes", como adianta a publicação.

Citando fontes próximas do processo de venda, o El País escreve que é, "como toda a probabilidade, uma das maiores transferências de dinheiro realizadas em Espanha em tão pouco tempo".

Citando fontes próximas do processo de venda, o El País escreve que é, "como toda a probabilidade, uma das maiores transferências de dinheiro realizadas em Espanha em tão pouco tempo".

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O conselho de administração do Popular solicitou a intervenção do Banco Central Europeu (BCE) no dia 6 de Junho, na certeza de que, no dia seguinte, não teriam forma de responder às retiradas de dinheiro que estavam a ser feitos nos balcões, na banca telefónica e através do site, segundo as mesmas fontes.  

A 2 e 5 de Junho, a fuga de depósitos atingiu dois mil milhões de euros, em cada um dos dias, montante que subiu ainda mais no dia 6.

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No dia seguinte o Popular foi integrado no Santander como parte de uma medida de resolução anunciada pelo Conselho Único de Resolução, depois de o Banco Central Europeu ter determinado que a instituição financeira não era viável.

"O Conselho Único de Resolução transferiu todas as acções e instrumentos de capital do Banco Popular Español para o Banco Santander", comunicou o Conselho Único de Resolução.

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De acordo com o El País, a fuga de depósitos só parou a 12 de Junho, dia em que houve mais entradas do que saídas de dinheiro.

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