Benfica regressa aos lucros com encaixe de João Neves
O Benfica voltou aos lucros na última época, temporada em que desportivamente ficou em segundo no campeonato nacional. Alcançou um resultado líquido de 34 milhões de euros, suportado nas vendas de jogadores, com destaque para a saída de João Neves para o PSG. Sem as transações de atletas, as contas ficaram no vermelho.
Em comunicado enviado à CMVM, a SAD encarnada revela que fechou a última temporada com um “resultado líquido positivo de 34,4 milhões de euros”, uma “inversão face ao período homólogo” quando tinha registado prejuízos de 31,4 milhões.
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Este resultado é explicado, segundo a SAD, com “o aumento dos rendimentos operacionais e pelas transações de atletas”. Os rendimentos operacionais foram de 230,6 milhões de euros (+30,6%), o “valor mais elevado de sempre”, com um “crescimento em todas as linhas de atividade”, enquanto as transações de atletas renderam “117,3 milhões (+51,7%) em que as vendas brutas de direitos de atletas ascenderam a 188,9 milhões”. Sem as vendas, o resultado líquido seria negativo em 12,3 milhões.
A SAD aponta como “mais-valias relevantes” a de João Neves, que saiu para o PSG num negócio que rondou os 60 milhões de euros, sendo mesmo o quinto jogador mais caro transferido pelo Benfica. Marcos Leonardo e David Neres também deram um forte impulso às receitas.
Além disso, o Benfica aponta ainda um “impacto relevante da participação no Mundial de Clubes e da performance na Liga dos Campeões”. O impacto líquido positivo do Mundial de Clubes ascendeu a 17,1 milhões de euros e melhor performance nas competições europeias traduziu-se num ganho de 23,8 milhões, levando o resultado operacional a ser positivo em 3,9 milhões, mesmo sem as vendas, o primeiro após sete épocas.
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Perante estes resultados, a SAD do Benfica revelou no final da época passada um ativo de 591,2 milhões de euros, sendo este o décimo ano consecutivo de aumento. O plantel vale, nas contas, 131,2 milhões de euros, sendo que segundo o Transfermarkt ascende a 337,3 milhões, nota a SAD.
O ativo subiu, já o “passivo total diminui 1,8% face ao período homólogo para os 474,9 milhões de euros”. Esta quebra traduz a “redução dos empréstimos obtidos em 18,9 milhões de euros e da dívida líquida em 4,9 milhões de euros", cifrando-se em 196,9 milhões. A redução está “alinhada com a estratégia de controlo financeiro, mesmo após investimentos significativos no plantel”, nota.
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Os capitais próprios estão, por isso, positivos em 116,3 milhões de euros, mas “ainda abaixo do nível de 2020-21 (143,7 milhões), mas expectativa de rápida recuperação com apuramento para Liga dos Campeões e mais-valias do mercado de verão”, refere. Neste mercado, o Benfica vendeu jogadores como Carreras e Kokçu, encaixando 138 milhões, mas investiu outro tanto.
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