Mineira BHP desvaloriza activos em 6,6 mil milhões de euros
A empresa de mineração BHP Billiton vai reconhecer imparidades de 7,2 mil milhões de dólares (6,6 mil milhões de euros) relativamente aos seus activos de petróleo de xisto nos Estados Unidos da América, prejudicados pela baixa no preço do petróleo.
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Com a revisão em baixa, a companhia anglo-australiana avalia agora os seus activos em 16 mil milhões de dólares (14,7 mil milhões de euros), segundo um comunicado divulgado esta sexta-feira, 15 de Janeiro.
"A indústria do gás e do petróleo tem sofrido muita volatilidade e uma forte baixa de preços", justifica a BHP, que, até Março, planeia ainda reduzir de sete para cinco os poços em operação nos EUA. Há um ano, aquela que é a maior empresa mineira em capitalização bolsista, tinha 26 poços em actividade.
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Nos mercados internacionais, a matéria-prima voltou esta sexta-feira a afundar, batendo em mínimos de 12 anos, ao negociar abaixo dos 30 dólares por barril. A baixa do preço está a arrastar as petrolíferas. Nos EUA para um cenário negro, com previsões de que um terço possa falir ou ter de reestruturar-se, e adiamento de projectos. E na Noruega, onde se apontam 30 mil despedimentos no sector, por exemplo.
"O mercado do petróleo e do gás tem estado significativamente abaixo do que a indústria esperava. Respondemos com rapidez cortando dramaticamente a nossa operação e os custos de capital, e reduzindo os poços em produção 'onshore' nos EUA", declarou o CEO da BHP, Andrew Mackenzie. Mas "enquanto fizemos progressos significativos, a queda dramática dos preços conduziu-nos à decepcionante desvalorização que anunciamos hoje", lamentou.
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Ainda assim, assegurou Mackenzie, "continuamos confiantes nas nossas previsões de longo prazo". "Estamos bem posicionados para responder à recuperação", realçou.
O grupo já tinha sido afectado pelo recuo do valor do minério de ferro – que caiu mais de 75% face à alta de 2011 – e do cobre, que desvalorizou mais de metade desde o pico.
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Nos últimos meses, a BHP também tem estado envolvida em polémica, depois do desastre ambiental causado pelo colapso da barragem da Samarco, em Mariana (Minas Gerais, Brasil) detida pela Vale e pela BHP, em Novembro.
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