Farmacêuticas investem 290 mil milhões nos EUA para fugir às tarifas
As grandes farmacêuticas estão a preparar-se para grandes investimentos nos Estados Unidos da América (EUA), afastando-se das ameaças das tarifas às suas finanças. Para já, o investimento anunciado ascende a 339,3 mil milhões de dólares (290.881 milhões de euros), com os grandes nomes a acelerar a presença no bloco americano.
Entre os planos de empresas como AstraZeneca, J&J, Roche, Novartis, Lilly, AbbVie ou Gilead, estão a construção de novos centros de produção, de Investigação e Desenvolvimento (I&D) e ainda ampliar os que já existem.
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O presidente americano ameaçou, quando a guerra comercial estava mais acesa, impor tarifas de até 200% sobre medicamentos e dispositivos médicos que fossem importados para os EUA, embora a taxa tenha sido fixada em 15% após o acordo. No espaço de uma década, os EUA triplicaram as importações de produtos farmacêuticos, para 213 mil milhões de dólares só em 2024.
As farmacêuticas estão atualmente espalhadas em vários estados norte-americanos e a modernização dos seus centros fabris vai contribuir para os investimentos em curso, não dependendo apenas dos medicamentos.
Atualmente, a Europa é responsável por cerca de 60% de todas as importações de medicamentos dos EUA. O atual acordo entre a UE e os EUA apenas isenta de tarifas os medicamentos genéricos, mas pode custar entre 13 mil milhões e 19 mil milhões de dólares à indústria, impacto que pode mesmo chegar aos consumidores.
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