Nos avança com providência cautelar contra a Meo

A Nos avançou com uma providência cautelar contra a PT e a FCP Media devido à suspensão da emissão do Porto Canal na sua plataforma.
Pedro Elias/Negócios
Sara Ribeiro 16 de Fevereiro de 2016 às 18:21

A batalha pelos conteúdos desportivos já chegou aos tribunais. A operadora Nos avançou com uma providência cautelar contra a dona da Meo no seguimento do corte de sinal do Porto Canal na sua plataforma. A informação foi confirmada pela Nos esta terça-feira, 16 de Fevereiro, depois de ter sido noticiada pelo Jogo.

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Contactada pelo Negócios, a PT não comenta a notícia.

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De acordo com informações recolhidas pelo Negócios, o processo que deu entrada na semana passada tem como requerido "a FCP Media e outros", estando a Meo, que foi notificada ontem, neste grupo. Os visados têm agora dez dias para recorrer.

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O FC Porto, que comprou a maioria do capital do canal em Julho do ano passado, vendeu os direitos de transmissão do mesmo à Altice, dona da Meo, em Dezembro. O acordo, no valor de 457 milhões de euros num prazo máximo de 10 anos, inclui ainda os direitos televisivos dos jogos do clube no Dragão e a gestão da publicidade no estádio.

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A Meo, que passou a comercializar a distribuição do Porto Canal desde 1 de Fevereiro de 2016, decidiu cortar a emissão do canal na plataforma da Nos no dia 11 de Fevereiro alegando que a operadora não apresentou nenhumas "contrapropostas concretas".

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Como a Nos vai passar a deter os direitos da BTV a partir do dia 1 Julho, no seguimento do acordo com o clube da Luz que também inclui os jogos em casa, a Meo defende que estava "empenhada em encontrar uma solução para esta situação, servindo numa base de reciprocidade os interesses de ambos os operadores, no respeito estrito pelas mais elementares regras de mercado", de acordo com um comunicado divulgado no dia 10 de Fevereiro.

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A Nos não demorou a responder à Meo, através de um comunicado também, garantindo que fez todos os esforços negociais" para resolver a situação. E acusou a Meo de ser "irrazoável" e inflexível".

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Mas a troca de palavras não se ficou por aqui. No mesmo dia o FC Porto emitiu uma nota no seu site em que garantia que o contrato que detinha com a Nos para a distribuição do Porto Canal tinha "caducado no dia 31 de Dezembro de 2014". E "apesar de contratualmente prevista, a renovação automática não se verificou por oposição expressa da Nos".

 

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A batalha pelos conteúdos desportivos deu o pontapé de saída no final do ano passado, quando a Altice, dona da Meo, começou a sondar o Benfica, e outros clubes, para comprar os direitos televisivos dos jogos. Como os conteúdos exclusivos são a nova aposta das operadoras para captar novos clientes, a Nos não quis perder o comboio e entrou na guerra.

 

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A operadora liderada por Miguel Almeida (na foto) foi a primeira a fechar um contrato com um clube da Liga Portuguesa de Futebol, cujos direitos até agora eram controlados pela PPTV, empresa de Joaquim Oliveira, que também é accionista da Sport TV a par com a Nos.

 

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O Benfica foi o primeiro a assinar com uma operadora, neste caso a Nos, seguindo-se o FC Porto (Altice) e o Sporting e mais outros seis clubes da primeira divisão também com a Nos.

 

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Durante a cerimónia de apresentação do acordo entre a Nos e o Benfica, Miguel Almeida garantiu que o objectivo da operadora era disponibilizar os jogos do Benfica e a BTV a todos os operadores que manifestem interesse. E que a permanência dos jogos na Luz no canal do clube era o "menos provável". Uma situação que agora poderá sofrer alterações, com as recentes movimentações da rival Meo. 

(notícia actualizada pela última vez às 19:07)

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