Microsoft pede excepção a Trump na proibição de imigrantes

A tecnológica quer que também os portadores de vistos de trabalho temporário normalmente usados para atrair talento estrangeiros sejam excepcionados da proibição decretada por Donald Trump.
REUTERS
Paulo Zacarias Gomes 02 de Fevereiro de 2017 às 16:34

A Microsoft anunciou esta quinta-feira, 2 de Fevereiro, ter pedido à administração norte-americana a criação de um programa que permita aos imigrantes cobertos pela ordem executiva de Donald Trump a entrada e saída dos EUA sob determinadas condições.

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Sob a proposta da tecnológica, os imigrantes oriundos dos sete países de maioria muçulmana abrangidos pelo impedimento de entrada poderiam entrar e sair do país em deslocações de negócios ou relacionadas com emergências familiares desde que detenham um visto válido para trabalhar ou estudar no país e não tenham cometido crimes.

O presidente da empresa, Brad Smith, fez a proposta - a que chamou "Viajantes Confiáveis e Conhecidos com Necessidades Urgentes" - em carta enviada aos secretários da Segurança Interna e de Estado, que diz terem autoridade para conceder excepções às limitações de viagem no âmbito da decisão de Trump. A empresa acrescentou que 76 dos seus empregados e 41 dependentes estão abrangidos pela proibição decretada.

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O presidente norte-americano Donald Trump emitiu na sexta-feira passada uma ordem executiva que suspende por três meses a entrada de cidadãos estrangeiros oriundos de sete países de maioria muçulmana, tendo depois aberto uma excepção aos detentores de "green card" ou autorizações de residência.

A Microsoft quer agora estender essa excepção também aos portadores de vistos H-1B - autorizações temporárias de trabalho que as tecnológicas usam para atrair talentos estrangeiros. Estes vistos continuam banidos de entrar nos EUA, explica a Reuters.

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Além da Microsoft, também a Google, a Apple e a Amazon se opuseram nos últimos dias à ordem executiva presidencial. A Amazon e a Expedia apoiaram entretanto a acção judicial interposta pelo procurador do estado de Washington que tenta desafiar a eficácia da ordem executiva.

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