Xintong Tiandi fez frente à Apple na China. E ganhou.
Pode uma empresa local utilizar livremente nos seus produtos a marca registada por uma multinacional sem a sua autorização? Sim, pelo menos se for na China e se, pelo meio, a burocracia der uma ajuda.
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Foi o que aconteceu à Apple, que perdeu em tribunal um processo contra a Xintong Tiandi, uma empresa que produz artigos em pele e que usa a marca iPhone nos seus produtos na segunda maior economia do mundo.
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O supremo tribunal municipal do povo de Pequim autorizou a empresa chinesa a imprimir nos seus artigos a marca associada ao smartphone produzido pela tecnológica norte-americana, refere a Reuters esta quarta-feira, 4 de Maio.
A favorecer a posição da Xintong Tiandi esteve a demora no processo de registo da marca por parte da Apple no país, já que apesar de ter sido iniciado em 2002, apenas obteve aprovação 11 anos depois, 2013.
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Entretanto, em 2007 – no mesmo ano em que os iPhone da Apple chegaram ao mercado -, a empresa chinesa registou a insígnia em seu nome, para aplicações em artigos de pele.
A batalha legal prolonga-se desde 2012, com a Apple a reclamar uso exclusivo da designação (para equipamento electrónico e científico) e o tribunal a argumentar na sua decisão que a marca iPhone não era suficientemente reconhecida na China antes de 2009.
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A Apple – que em 2012 pagou 60 milhões de euros para pôr fim a um processo semelhante, mas envolvendo a marca iPad - não quis comentar a decisão. De acordo com o site Quartz, a Xintong Tiandi mostrou-se satisfeita pela decisão que denota um "mercado livre" e disse-se disponível para aproveitar ao máximo a marca 'iPhone' e "trabalhar em conjunto [com a Apple] para beneficiar mais consumidores de iPhone".
De acordo com o site Quartz, a Xintong Tiandi mostrou-se satisfeita pela decisão que denota um "mercado livre" e disse-se disponível para aproveitar ao máximo a marca 'iPhone' e "trabalhar em conjunto [com a Apple] para beneficiar mais consumidores de iPhone".
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