Cellnex perde 198 milhões até setembro. Venda de ativos permitiu reduzir dívida
A Cellnex registou prejuízos de 198 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, valor que compara com 255 milhões no mesmo período do ano passado.
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O resultado líquido deve-se a um crescimento das "amortizações e dos custos financeiros, ambos associados à aquisição de ativos do grupo", explica a operadora de infraestruturas de telecomunicações, num comunicado enviado às redações.
As receitas cresceram para os 3.008 milhões, o que representa um crescimento de 17% face aos primeiros nove meses de 2022. Os serviços de infraestruturas para os operadores de telecomunicações móveis foram os que mais contribuíram para o valor total (91,1%).
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O crescimento orgânico dos pontos de presença foi de 6,8%, tendo o mercado português tido um contributo relevante para este aumento, destaca a empresa.
Já os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) ajustados situaram-se nos 2.248 milhões, mais 16% face ao mesmo período do ano anterior.
O "cash-flow" foi de 436 milhões, valor que compara com -774 milhões registados de janeiro a setembro de 2022. "Deve-se principalmente à venda de 'sites' em França, de acordo com as soluções estipuladas pela Autoridade da Concorrência francesa depois da compra da Hivory pela Cellnex em 2021", justifica. A empresa diz agora que espera terminar o ano com um "cash-flow" positivo, meta que estava prevista para 2024.
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"Este período foi marcado por um excelente desempenho comercial e uma execução operacional consistente, com receitas e um EBITDA num bom caminho e com o fluxo de 'cash-flow' a tornar-se positivo antes da data prevista", afirmou Marco Patuano (na foto), CEO do grupo, no comunicado em causa.
Venda de ativos permitiu reduzir dívida em 300 milhões
Em setembro, a dívida líquida da Cellnex era de 17,6 mil milhões de euros, menos 300 milhões do que o registado no primeiro semestre deste ano. Desta, 75% está contratada em taxa fixa.
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"O grupo não tem nenhuma dívida com amortização em 2023 e tenciona cobrir as amortizações esperadas da dívida para 2024/2025 (aproximadamente 2,6 mil milhões de euros", detalha a operadora.
A empresa diz que pretende fechar o ano com receitas entre os 4 e os 4,1 mil milhões de euros e um EBITDA entre 2.950 e 3.050 milhões.
A Cellnex anunciou no ano passado que após anos marcados por um forte investimento em aquisições, iria agora focar-se no crescimento orgânico e na consolidação do negócio. Em Portugal, a operação é liderada por João Mora desde junho deste ano, depois de Nuno Carvalhosa ter assumido passado a diretor-geral do Western Europe Cluster do grupo.
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