OMT: Antipatia para com turistas é errada e resulta de más práticas de gestão
"Em lugares como Barcelona, Veneza, Dubrovnik, Roma (...), onde os turistas vão todos ao mesmo tempo e enchem a cidade, aí há um problema, pois não se está a gerir bem", assinalou Taleb Rifai, ao falar na cidade argentina de Mendoza, que acolhe a Conferência Mundial de Enoturismo, promovida pela OMT.
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Na opinião deste jordano, que dirige a OMT, uma agência da Organização das Nações Unidas, "não há que ter medo" do crescimento do turismo, mas sim de uma má gestão destas multidões.
Por isso, defendeu a necessidade de políticas sustentáveis, que levem os turistas a visitar sítios diferentes e não o mesmo lugar ao mesmo tempo. "Quando falamos de 'turismofobia' estamos a falar de má gestão e más práticas quanto à sustentabilidade nesses locais", assinalou.
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Em declarações à Efe, Rifai, que vai sair do cargo no final deste ano, considerou que "é errado assumir que o problema é representado pelos turistas", reiterando que o desafio é o da sua gestão. Neste sentido, sugeriu que se promovam as zonas que estão mais afastadas do centro das cidades.
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Rifai lamentou que "é triste" que as expressões da 'turismofobia' se manipulem "politicamente, através dos populismos" e se pretenda alcançar "popularidade política", simpatizando com esses movimentos, "em vez de gerir os desafios de uma maneira eficaz". Em conclusão, argumentou que "dizer 'não aos turistas' não é solução".
Em 2016, recordou, houve 1,21 mil milhões de turistas, o que significa que uma em cada seis pessoas deslocou-se ao estrangeiro.
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