Afinal o "não" em Itália deu um "sim" às bolsas

Pharol e BCP lideraram as subidas na bolsa de Lisboa, enquanto o Montepio foi o único a descer no PSI-20.
Rui Barroso 09 de Dezembro de 2016 às 07:15

As bolsas europeias tiveram uma semana positiva, apesar dos receios de que o desfecho do referendo italiano levasse a turbulência no mercado, particularmente nas acções dos bancos do país. Mas a reacção foi outra. Apesar do pedido de demissão de Matteo Renzi e da incerteza política, a convicção de que o Estado tem um plano para assegurar bancos em dificuldades, como o Monte dei Paschi, animou o sector. E as maiores subidas no índice europeu que agrega as 600 cotadas mais representativas do euro pertenceram mesmo a bancos italianos. O Unicredit tem um ganho semanal de 22,84%. As subidas estenderam-se a outros bancos europeus, com o índice do sector a avançar 10,26%. O BCP aproveito esse sentimento positivo para alcançar uma valorização de 16,6% desde o início da semana, ajudando ao desempenho positivo do PSI-20, que valorizou 5,35% nas últimas quatro sessões. Além das notícias vindas de Itália, também as últimas decisões do BCE foram vistas como favoráveis para o sector. Nos EUA, as bolsas continuam a renovar máximos atrás de máximos, na semana antes da reunião da Fed.

Afinal o "não" em Itália deu um "sim" às bolsas
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O saldo da semana foi positivo para o PSI-20, com o BCP a puxar pelo índice da bolsa nacional. As acções do banco liderado por Nuno Amado acumulam uma subida de 16,6%, beneficiadas pelo maior optimismo dos investidores em torno do sector bancário europeu. 

Afinal o "não" em Itália deu um "sim" às bolsas

Apesar do "não" no referendo em Itália ser um cenário que os analistas temiam que pudesse causar uma tempestade na banca italiana, a história foi diferente. A expectativa de que apesar do impasse político, Itália possa resgatar bancos em dificuldades animou as acções do sector.

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Afinal o "não" em Itália deu um "sim" às bolsas

O índice que reúne as 500 maiores cotadas americanas continua a bater máximos. Este semana acumula ganhos de 2,41%, com as subidas após a eleição de Trump a manterem-se e com a decisão da Reserva Federal dos EUA, agendada para a próxima semana, já no centro das atenções dos investidores.

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