Acções da Petrobras afundam mais de 14% na Bolsa de São Paulo

As acções da Petrobras desceram na segunda-feira mais de 14% na Bolsa de São Paulo, um dia após a redução dos preços do gasóleo anunciada pelo governo brasileiro para terminar com a greve dos camionistas, que há mais de uma semana paralisa o país.
Reuters
Lusa 29 de Maio de 2018 às 00:18

As acções preferenciais da Petrobras encerraram a sessão de segunda-feira com uma queda de 14,60% no decurso da sessão de títulos, enquanto as ordinárias desceram 14,38%, e o índice de referência Ibovesba cedia 4,49%.

PUB

 

Na quinta-feira passada, uma primeira baixa de 10% dos preços do gasóleo, anunciada pela própria petrolífera brasileira para tentar garantir o fim da greve dos camionistas tinha já provocado uma queda de 14% dos seus títulos na bolsa.

PUB

 

O presidente brasileiro, Michel Temer, anunciou no domingo uma redução de 46 cêntimos de real do preço do litro do gasóleo, que estava congelado por um período de dois meses.

PUB

 

Após o final deste prazo, os preços apenas serão reajustados mensalmente, e não diariamente, um dos motivos que implicou o início da paralisação.

PUB

 

O analista Raymundo Magliano Neto, citado pela agência noticiosa France-Presse, considerou que o "mercado exagerou um pouco" na sua reacção e aguarda para terça-feira uma subida das acções da empresa petrolífera.

 

PUB

O ministro das Finanças, Eduardo Guardia, afirmou na manhã de segunda-feira que a medida anunciada na véspera "não vai causar qualquer prejuízo" à Petrobras. "Não se trata de um congelamento dos preços, mas apenas de uma mudança da periodicidade" das suas variações, sublinhou.

 

No final de 2016 a Petrobras começou a alinhar os seus preços com os fixados pelo mercado internacional, com variações diárias, uma estratégia motivada pelo vasto escândalo de corrupção que atingiu a empresa.

PUB

 

No entanto, a companhia confronta-se com novos problemas, após a ameaça de greve de 72 horas, a partir de quarta-feira, de um sindicato petrolífero.

Pub
Pub
Pub