Adiamento da reforma fiscal põe Wall Street no vermelho
Os principais índices norte-americanos abriram em queda esta terça-feira, 18 de Abril, penalizados pelo possível adiamento da reforma fiscal prometida pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Por outro lado, os investidores estão de olho nos resultados das empresas relativos ao primeiro trimestre, com destaque para dois grandes bancos, que revelaram hoje as suas contas.
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O índice industrial Dow Jones perde 0,53% para 20.528,18 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq desce 0,33% para 5.837,56 pontos. Já o S&P500 desvaloriza 0,37% para 2.340,37 pontos.
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Na segunda-feira, em declarações ao Financial Times, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, admitiu que o calendário da administração Trump para a reforma fiscal terá, provavelmente, de ser adiado devido aos contratempos relacionados com as negociações no Congresso sobre a substituição do Obamacare.
As declarações de Mnuchin aumentam as preocupações sobre a capacidade de Trump de implementar as suas promessas eleitorais – incluindo redução de impostos, cortes na regulamentação e aumento dos gastos em infra-estruturas – que levaram as acções norte-americanas a atingir máximos.
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Depois de terem encerrado em alta na segunda-feira, numa sessão marcada pela baixa liquidez, as bolsas dos Estados Unidos estão a prolongar o pessimismo dos índices europeus, no dia em que a primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou a realização de eleições antecipadas para o próximo dia 8 de Junho.
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Em destaque na sessão de hoje estão as acções do Bank of America, que sobem 0,79% para 22,99 dólares, depois de a instituição ter anunciado que fechou o primeiro trimestre deste ano com lucros de 4,86 mil milhões de dólares (cerca de 4,57 mil milhões de euros), ou 41 cêntimos por acção, o que representa uma subida de 40% face ao mesmo período do ano passado.
O resultado líquido do banco norte-americano superou as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para lucros de 35 cêntimos por acção.
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Já o Goldman Sachs terminou o primeiro trimestre do ano com um resultado líquido de 2,16 mil milhões de dólares (cerca de dois mil milhões de euros), o que corresponde a um aumento de 80% face ao mesmo período do ano passado. Os títulos descem 3,56% para 218,20 dólares, pressionados sobretudo pelo desempenho das receitas que foi inferior ao previsto.
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