Energia em alta trava peso do papel. PSI na linha d'água

A bolsa de Lisboa fechou o dia inalterada, com os ganhos de parte das energéticas a travarem o peso causado pelas cotadas do papel e pasta de papel. O índice PSI recuou 0,02% para 8.199,90 pontos, com seis das 16 cotadas em terreno positivo.

A maior valorização foi da Mota-Engil, que subiu 1,86% para 4,72 euros por ação. No entanto, o sentimento na construção foi misto já que a Teixeira Duarte recuou 0,29% para 0,68 euros por ação. Também na energia houve percursos contrários.

A EDP Renováveis ganhou 1,37% para 11,85 euros por ação e a REN avançou 1,08% para 3,28 euros. Por seu turno - e apesar de as "utilities" estarem entre os setores que mais ganharam no dia na Europa -, a EDP perdeu 0,31% para 3,83 euros.

A Galp Energia caiu 0,74% para 17,34 euros por ação, numa altura em que o petróleo desvaloriza mais de 1,5% nos mercados internacionais. No retalho, a Sonae somou 0,38% para 1,57 euros por ação, mas a Jerónimo Martins perdeu 0,55% para 19,97 euros.

Já no papel - um setor sensível às variações cambiais -, a Altri tombou 1,43% para 4,47 euros por ação, a Navigator 0,91% para 3,05 euros e a Semapa 0,47% para 17,06 euros. O sentimento poderá estar relacionado com a perspetiva de que o Banco Central Europeu (BCE) venha a subir juros no próximo ano, enquanto a Reserva Federal norte-americana prepara um corte.

Fora do índice principal, o destaque vai para as ações do grupo Impresa, que cederam 0,97% para 0,208 euros. Isto num contexto em que a dona dos meios de comunicação SIC e Expresso está a preparar um aumento de capital e a venda de mais de 30% das ações aos italianos da MediaForEurope. A assembleia-geral de votação do aumento de capital está marcada para o final deste mês.

(Notícia atualizada às 16:50)