Teixeira Duarte dispara 9% depois de ganhar contrato no Brasil

A construtora portuguesa Teixeira Duarte comunicou, na passada sexta-feira, 11 de Março, ao mercado que tinha, através da sua participada, ganho um contrato no Brasil no valor de 65 milhões de euros. Em causa está a recuperação e restauro da ponte Hercílio Luz (na foto), na cidade de Florianópolis.

As acções da empresa estão a reagir a esta notícia. A cotada, listada no principal índice da bolsa de Lisboa até ao fim desta semana, já disparou 9,19% para os 30,9 cêntimos por acção. Por esta altura, a construtora valoriza 8,83% para 30,8 cêntimos por acção. O volume de acções está também acima da média registada nos últimos seis meses. Já trocaram de mãos, nesta sessão, mais de 132 mil títulos quando a média diária do último semestre é acima dos 59 mil títulos.

O prazo previsto para execução da recuperação e restauro da ponte Hercílio Luz é, assinala o comunicado enviado pela empresa à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, de 30 meses.

A ponte Hercílio Luz (nome do seu construtor) foi inaugurada em Maio de 1926 e originalmente baptizada como "Ponte da Independência", destinada à passagem de veículos e de peões.

A estrutura foi encerrada em várias ocasiões devido a problemas estruturais e há dez anos que se encontra em reabilitação. Tem 819 metros de comprimento e duas torres com 75 metros de altura e é considerada património arquitectónico do Brasil.

De acordo com as contas da construtora, o volume de negócios da Teixeira Duarte no Brasil caiu 44% nos primeiros nove meses de 2015 em relação ao período homólogo de 2014, para os 32,77 milhões de euros. O mercado brasileiro representou cerca de 10% da facturação total do grupo até Setembro de 2015.

A empresa espera que em 2016 a facturação neste mercado aumente para 81,8 milhões de euros, atingindo em 2017 os 64,6 milhões de euros.

Teixeira Duarte deixa o PSI-20

No âmbito da revisão anual do índice bolsista nacional, a Impresa e a Teixeira Duarte vão abandonar a principal "montra" da bolsa de Lisboa. Saem duas, entram três, sendo uma delas o fundo que permitiu a capitalização do Montepio.