Poupanças das famílias paradas nos depósitos atingem novo recorde de 180,4 mil milhões
As famílias em Portugal continuam a reforçar os depósitos nos bancos, apesar das baixas remunerações que este dinheiro rende. Em junho, o montante parado nos bancos voltou a atingir um novo recorde, acima dos 180 mil milhões de euros. Há um ano que o ritmo de crescimento é superior em Portugal do que na média da Zona Euro.
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"No final de junho de 2022, os particulares tinham depositado nos bancos residentes 180,4 mil milhões de euros, e as empresas 63,7 mil milhões de euros", avança o relatório divulgado esta quarta-feira pelo Banco de Portugal. "Estes depósitos continuaram a crescer a taxas robustas e superiores às da área euro. Em junho, os depósitos de particulares e empresas cresceram, respetivamente, 6,8% e 11,7% em relação a junho de 2021."
Já no que diz respeito ao crédito, o stock total de empréstimos aos particulares para habitação cresceu 4,8% em relação a junho de 2021, para 99,2 mil milhões de euros. Estes empréstimos tinham registado uma evolução semelhante no mês anterior. Para consumo, o valor foi de 20,3 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 5,5% por comparação com junho de 2021.
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O montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas era de 77,3 mil milhões de euros, no final do mês passado, o que representa um crescimento de 2,9% em relação a junho de 2021, interrompendo um período de quatro meses de desaceleração.
"Este movimento é justificado, em grande medida, pelos empréstimos concedidos às micro e médias empresas e pelos setores das indústrias transformadoras, comércio e atividades imobiliárias", justifica o Banco de Portugal.
Em junho de 2022, 1,1% do stock total de empréstimos dos bancos aos particulares estava em incumprimento, o que corresponde a um novo mínimo histórico. "Para esta diminuição contribuiu, maioritariamente, a redução do rácio de incumprimento dos empréstimos ao consumo e outros fins, de 4,3% em maio para 3,5% em junho, justificada, essencialmente, por empréstimos abatidos ao ativo dos bancos", acrescenta.
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(Notícia atualizada às 11:30)
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