Fundo da Noruega regressa aos lucros no segundo trimestre
Depois de um primeiro trimestre negativo, o Fundo da Noruega voltou a gerar lucros. O maior fundo soberano do mundo rendeu 1,3% no segundo trimestre do ano, mas alertou que as baixas taxas de juro podem comprometer a capacidade do fundo para obter rendibilidade no futuro.
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O fundo da Noruega, avaliado em 890 mil milhões de dólares, terminou o segundo trimestre de 2016 com um ganho de 94 mil milhões de coroas (11,5 mil milhões de dólares), ou 1,3%, a recuperar da descida de 0,6% registada nos primeiros três meses do ano, comunicou a instituição em comunicado esta quarta-feira, 17 de Agosto. A sustentar o comportamento positivo do fundo esteve a dívida. As obrigações em carteira, com um peso de 37,4% do património, renderam 2,5%.
Apesar do contributo positivo das obrigações, Trond Grande, o número dois do Norges Bank Investment Management, entidade responsável pela gestão do fundo, alertou que a "longo prazo, contudo, taxas de juro mais baixas têm implicações negativas para retornos futuros no portefólio de dívida".
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As acções representaram a maior fatia do investimento no segundo trimestre, ao captarem 59,6% do património. E, ainda que as acções europeias em carteira tenham fechado o período com um comportamento negativo – caíram 3% - , a componente accionista global rendeu 0,7%. A determinar os ganhos estiveram as acções americanas no fundo, que renderam 2,2%, e japonesas, que contribuíram com uma valorização de 3,1%.
Imobiliário britânico vale menos
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Ao contrário das acções e das obrigações, o sector imobiliário deu um contributo negativo para o fundo soberano norueguês. As participações imobiliárias perderam 1,6% entre Abril e o final de Junho, uma evolução para a qual muito contribuiu o Brexit e a desvalorização do sector no Reino Unido.
O Fundo da Noruega decidiu mesmo baixar o valor do imobiliário britânico em carteira em 5%, na sequência do referendo que decidiu a saída do Reino Unido da União Europeia. Esta decisão surge depois de muitos fundos imobiliários britânicos terem sido confrontados com uma onda de resgates, que obrigou várias gestoras a encerrar a negociação dos seus fundos.
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