Sauditas e Trump dão fortes ganhos ao petróleo
O "ouro negro" está a ganhar terreno esta sexta-feira, nos principais mercados internacionais, a caminho do maior ganho semanal em 10 semanas, com as tensões geopolíticas e a perspectiva de manutenção dos cortes da oferta pela OPEP a ajudarem à tendência.
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As cotações do contrato de futuros do Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – para entrega em Maio seguem a somar 1,80% para 70,15 dólares por barril.
Também o contrato de Maio do West Texas Intermediate (WTI), transaccionado no mercado nova-iorquino, segue em alta, com os preços a subirem 1,71% para 65,40 dólares – a caminho de um ganho semanal de 4,5%, que será o mais acentuado das últimas 10 semanas.
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A contribuir para este movimento altista, com as cotações em máximos de finais de Janeiro, está o facto de o ministro saudita da Energia. Khalid al-Falih, ter dito à Reuters que o actual programa de corte de produção implementado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e por outros produtores aliados deverá manter-se até ao próximo ano.
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Por outro lado, o espectro de sanções a um dos maiores produtores da OPEP está também a ajudar a matéria-prima em bolsa.
Depois de o Irão ter regressado ao mercado como produtor, surge agora o risco de os EUA voltarem a impor sanções a Teerão, refere a Bloomberg. Isto porque o presidente norte-americano vai ter como novo conselheiro de segurança nacional uma personalidade mais agressiva do que o seu antecessor.
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O tenente-general HR McMaster vai ser substituído por John R. Bolton, ex-embaixador dos EUA nas Nações Unidas, tendo Donald Trump anunciado ontem no Twitter esta mudança. Como Bolton é mais aguerrido do que McMaster, estão a intensificar-se receios de que o Irão volte a estar na berlinda em matéria de sanções impostas pelos Estados Unidos.
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O crude tem-se mantido na casa dos 60 dólares por barril desde que a OPEP e os seus parceiros não membros do cartel, como a Rússia, reduziram a oferta mundial.
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