Juros das obrigações em máximos derrubam bolsas. Goldman impulsiona petróleo

A queda das obrigações atirou as "yields" da Alemanha e Estados Unidos para máximos, o que continua a penalizar as bolsas europeias, que hoje perderam terreno pela quarta sessão. O petróleo recupera das perdas recentes devido à previsão optimista do Goldman Sachs.
Nuno Carregueiro e David Santiago 01 de Fevereiro de 2018 às 17:42

Os mercados em números

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PSI-20 desceu 1% para 5.606,88 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,49% para 393,52 pontos

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S&P 500 sobe 0,31% para 2.832,52 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos desceram 1,7 pontos base para 1,948%

Euro valoriza 0,62% para 1,2490 dólares

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Petróleo ganha 0,54% para 69,26 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias agravam quedas com subida dos juros

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As principais praças bolsistas europeias transaccionaram em queda pela quarta sessão consecutiva. Esta quinta-feira, 1 de Fevereiro, o índice de referência europeu Stoxx 600 negociou mesmo em mínimos de 4 de Janeiro, terminando o dia a resvalar 0,49% para 393,52 pontos.

Na Europa foi o índice alemão DAX a liderar as perdas, ao recuar perto de 1,5% numa altura em que voltam a aumentar as dúvidas sobre as possibilidades de sucesso da reedição da grande coligação.

 

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Já o luso PSI-20 também registou o quarto dia seguido no vermelho ao desvalorizar 1% para 5.606,88 pontos.

 

A justificar as quedas verificadas na Europa está a perspectiva de que a subida da inflação - ontem foi divulgado que na Zona Euro os preços no consumidor caíram menos do que o esperado - continuará a provocar aumentos nos juros das obrigações de dívida, o que, por sua vez, está a contagiar os mercados accionistas.

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Esta quarta-feira, a Reserva Federal dos Estados Unidos antecipou que a inflação na maior economia mundial vai subir nos próximos tempos.

 

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Euro avança face ao dólar 

Apesar de a Fed ter adoptado uma postura mais agressiva no que diz respeito à subida das taxas de juro, o dólar continuou a perder terreno face às principais divisas mundiais. O euro valoriza 0,62% para 1,2490 dólares, acumulando já uma subida de quase 5% este ano.  

 

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Juros da Alemanha e EUA em máximos

Os juros da dívida pública portuguesa registaram uma queda ligeira no mercado secundário. Os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida a dez anos desceram 1,7 pontos base para 1,948%.

 

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Os juros portugueses aliviaram numa sessão em que as "yields" das obrigações e alemãs e norte-americanas fixaram novos máximos, depois de a Reserva Federal ter indicado que poderá voltar a subir a taxa de juro de referência em Março, uma vez que prevê uma subida da inflação.

 

As "bunds" alemãs a dez anos subiram 2,4 pontos base para 0,721%, o que representa o valor mais elevado desde Dezembro de 2015. Nos Estados Unidos a "yield" das obrigações a 10 anos fixaram um máximo de 2014, acima dos 2,75%.

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Euribor a 6 meses recupera de mínimos

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 6 de Novembro de 2015, subiu 0,1 pontos base para -0,278%, depois de ontem ter atingido um mínimo histórico nos -0,279%. Já a Euribor a três meses voltou hoje a ser fixada pela quinta sessão consecutiva em -0,328%.

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Previsão do Golman impulsiona petróleo

Depois de ter sido penalizado nas últimas sessões pela subida das reservas nos Estados Unidos, o petróleo negoceia em alta esta quinta-feira devido às estimativas "bullish" do Goldman Sachs para a matéria-prima. O banco de investimento vê a cotação do Brent nos 75 dólares no espaço de três meses e nos 82,50 dólares em seis meses, bem acima dos 62 dólares estimados anteriormente.

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"O reequilíbrio do mercado petrolífero deverá ser alcançado seis meses mais depressa do que esperávamos anteriormente", explica o Goldman Sachs, que diz que as condições para investir nas matérias-primas são as mais favoráveis desde 2008.

 

Em reacção a esta previsão, o Brent em Londres sobe 0,54% para 69,26 dólares e o WTI em Nova Iorque avança 1,05% para 65,41 dólares.

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