Sanções ao Irão impulsionam petróleo e intercalares nos EUA pressionam dólar

As eleições intercalares nos EUA deixaram as bolsas sem tendência definida, o dólar em queda ligeira e os metais em alta. O petróleo valoriza depois da pior semana desde Fevereiro  
Bolsas mercados
Reuters
Nuno Carregueiro e Rita Atalaia 05 de Novembro de 2018 às 17:38

Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,16% para 4.987,67 pontos

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Stoxx 600 perdeu 0,16% para 363,50 pontos

S&P 500 valoriza 0,11% para 2.725,97 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal estável nos 1,88%

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Euro sobe 0,11% para 1,1401 dólares

Petróleo sobe 0,81% para 73,42 dólares por barril, em Londres

 

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Bolsas europeias não encontram direcção

As bolsas europeias negociaram sem uma tendência definida esta segunda-feira, 5 de Novembro, depois de o optimismo em torno de um potencial acordo entre os EUA e a China ter contribuído para cinco sessões consecutivas de ganhos, na semana passada.

 

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O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, que viveu na semana passada a sua melhor semana desde Dezembro de 2016, perdeu 0,16% para 363,50 pontos, a reflectir o menor optimismo dos investidores em torno de um possível entendimento entre as duas maiores economias do mundo.

 

Em Lisboa, o PSI-20 contrariou esta indefinição das praças do Velho Continente, subindo 0,16% para 4.987,67 pontos. A praça portuguesa foi animada pelos ganhos de mais de 1% da Galp Energia, num dia dominado pela subida dos preços no petróleo. O BCP também ajudou, depois de os accionistas do banco terem aberto a porta à distribuição de dividendos no próximo ano.

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Nos EUA, a maioria das bolsas está a subir, na sessão antes das eleições intercalares nos EUA. A excepção é o índice tecnológico Nasdaq, que está a ser pressionado pela queda de mais de 3% da Apple depois de as vendas de iPhone terem desiludido os investidores.

 

Intercalares nos EUA penalizam dólar 

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O dólar inverteu dos ganhos esta manhã e segue a perder terreno contra as principais divisas (o índice da moeda norte-americana desce 0,1%) com os investidores cautelosos antes das eleições intercalares nos EUA, que decorrem esta terça-feira. O JPMorgan estima que o "rally" do dólar está prestar a terminar e que as eleições podem representar o ponto de viragem da moeda norte-americana. As eleições intercalares serão um importante teste político para Donald Trump, com as eleições para a Câmara dos Representantes e para o Senado a determinarem se o Partido Republicano mantém o controlo do Congresso nos próximos dois anos.

 

O euro aproveita a fraqueza do dólar para regressar acima dos 1,14 dólares. A moeda europeia está a ganhar 0,11% para 1,1401 dólares.

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Juros de Itália estáveis em dia de Eurogrupo 

Os juros da dívida italiana estão estáveis, aliviando da tendência de agravamento registada esta manhã, no dia em que o Eurogrupo está reunido para discutir o rumo a dar à contenda entre Bruxelas e Itália em torno do Orçamento italiano, o qual foi rejeitado pela Comissão.

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A reunião do Eurogrupo antecede a data marcada para a apresentação de uma versão revista do Orçamento italiano, o dia 13 de Novembro. O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, disse hoje em Bruxelas esperar que, na sequência do "chumbo" da Comissão Europeia, o Governo italiano apresente na próxima semana um novo projecto orçamental para 2019 que respeite as regras europeias.

 

A "yield" dos títulos italianos a 10 anos está estável em 3,26%, depois de três sessões de descidas pronunciadas. A taxa das obrigações portuguesas com a mesma maturidade também segue estável (1,88%), tal como o spread face à dívida alemã (146 pontos base).

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Petróleo valoriza no arranque das sanções contra Irão 

O petróleo negoceia em alta, a recuperar das quedas das últimas sessões, no dia em que arrancam as sanções dos Estados Unidos ao Irão. Segundo os analistas, a subida das cotações na sessão de hoje reflecte os receios dos investidores de que haverá uma escassez de petróleo no mercado.

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O Brent em Londres soma 0,81% para 73,42 dólares por barril e o WTI em Nova Iorque avança 0,67% para 63,56 dólares. Na semana passada as cotações da matéria-prima cederam cerca de 6%, naquele que foi o pior desempenho desde Fevereiro.

 

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Os Estados Unidos activaram esta segunda-feira um novo pacote de sanções ao Irão – que implicam o fim das compras de petróleo a este país árabe, como forma de "castigar" Teerão pelas violações do acordo nuclear. Para reduzir as exportações de petróleo do Irão a "zero", como pretende a administração Trump, a maior economia do mundo apelou a um boicote internacional e promete bloquear o acesso ao sistema bancário e financeiro dos Estados Unidos a qualquer país que desrespeite esta imposição de acabar com as compras a Teerão.

 

Michael Pompeo, o secretário de Estado dos EUA, salientou que a pressão do país retirou do mercado mais de um milhão de barris de petróleo por dia desde Maio e custou ao Irão 2,5 mil milhões de dólares em receitas.

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Taxas Euribor sobem a seis e nove meses

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três meses (-0,318%) e 12 meses (-0,148%) nos mesmos valores desde 26 de Outubro e subiram a seis e nove meses. A taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, subiu 0,1 pontos base para -0,257%. A nove meses, a Euribor subiu hoje para -0,196%, de acordo com os dados da Lusa.

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Platina toca em máximo de quatro meses 

A sessão está a ser de ganhos ligeiros para os metais preciosos, com o ouro a subir 0,1% para 1.234,4 dólares por onça e a platina a ganhar 0,2% para 869,82 dólares, dado que as sondagens das intercalares apontam para um Congresso dos EUA dividido, com os Democratas a ficarem com a maioria da Câmara dos Representantes e os Republicanos a permanecerem em maioria no Senado. De acordo com Adrian Day, CEO da gestora de activos com o seu nome, este é um cenário favorável para os metais, pois reduz a expectativa de mais alterações na reforma fiscal.

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