Famílias subscrevem certificados como não acontecia desde maio de 2023

No último mês em que os certificados de aforro renderam a taxa de juro máxima as famílias correram a subscrever este tipo de produtos e colocaram mais 726 milhões de euros.
Certificados de Aforro
Mariline Alves
Diogo Mendo Fernandes 22 de Abril de 2025 às 11:07

As famílias portuguesas reforçaram em março a aposta nos certificados de aforro como não acontecia desde maio de 2023 e colocaram 726,32 milhões de euros neste produto de poupança do Estado, que deixou, desde o início de abril, de render o juro máximo como tinha acontecido até aqui.

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Mais uma vez a entrada de capital nos certificados de aforro (CA) mais do que compensou a saída nos certificados do Tesouro, de acordo com dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

O investimento das famílias em certificados de aforro volta assim a renovar máximos desde, pelo menos, dezembro de 1998, data que marca o início da série do supervisor, com o "stock" total a atingir os 36.481,37 milhões de euros. Só na app dos CTT, as subscrições de certificados de aforro ultrapassaram os 16 milhões de euros - um valor recorde -, o que compara com cerca de 12 milhões de euros em fevereiro.

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Em sentido contrário, os certificados do Tesouro continuam a perder atratividade. Neste caso, o "stock" recuou em 153,57 milhões de euros em março, para um total de 9.291,38 milhões de euros. No conjunto dos dois produtos de poupança do Estado, o saldo está em 45.772 milhões de euros, após um crescimento mensal de 572,75 milhões de euros - a maior subida desde março de 2023.

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O interesse dos investidores por certificados de aforro verifica-se de forma contínua desde outubro, data que marca a entrada em vigor de novas regras para estes produtos. Apesar de não ter sido apresentada qualquer mudança sobre os juros ou prémios de permanência pagos aos investidores (o tecto máximo do juro continua nos 2,5%), a principal alteração foi nos limites máximos que podem ser alocados a estes produtos.

A série F de certificados de aforro, em comercialização desde junho do ano passado, tinha até ao outubro um limite máximo de 50 mil euros por aforrador. Este valor foi alterado e passou para o dobro: 100 mil euros. Além disso, no acumulado dos certificados da série E e da F, não poderia ficar com mais de 250 mil euros nestes produtos. Neste caso, o limite conjunto sobe para 350 mil euros.

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