Uma luta permanente para o crescimento da região
A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) ajuda a desenvolver o território e defende os interesses comuns dos municípios que a integram. Através do trabalho desenvolvido e da cooperação dos 11 municípios que fazem parte da instituição encontram-se soluções para resolver problemas comuns e auxiliam-se as populações locais, resultando no crescimento da região. Pedida uma opinião sobre a importância da CIRA a Fátima Lopes Alves, a presidente do conselho de administração do Porto de Aveiro recorda a ligação que une as duas instituições desde a sua constituição, tendo todos os associados um elemento territorial comum: a ria de Aveiro. "Lutamos para que a região cresça e se desenvolva sustentadamente, com uma visão comum e diferenciadora de todo o território em que se insere", afirma.
Fátima Lopes Alves relembra que de há muitos anos a esta parte que "a APA, S.A. segue uma política de colaboração empenhada com as forças ativas da região em que se encontra, incluindo-se aqui a CIRA, como também a Comunidade Portuária de Aveiro (CPA) ou a Associação Industrial de Aveiro (AIDA), entre outras".
A importância de uma perspetiva integrada
À questão qual a importância da CIRA para a região de Aveiro, Fernando Castro, presidente da AIDA CCI, começa por responder que "o papel das CIM é importantíssimo". No caso específico desta região só tem a ganhar se os problemas da região forem vistos, estudados e resolvidos numa "perspetiva integrada". "A região vale muito mais pelo seu todo do que pela soma das partes. A visão paroquial não faz sentido nos dias de hoje. Tem de haver racionalidade na gestão da coisa pública, nas respostas a dar às populações, pois os meios a alocar são sempre escassos."
Sobre as expectativas que tem para o congresso da CIRA, que arranca hoje, afirma ser importante discutir os problemas da região e ouvir opiniões de pessoas bem informadas sobre os problemas da gestão autárquica. "Para dar visibilidade à região, para reforçar o sentimento intermunicipal, além de outras razões. Espero que o congresso atinja esses e outros objetivos."
Capaz e pronta para assumir mais competências
Por sua vez, José Ribau Esteves, presidente da CIRA, sublinha que desde a década de 80 do século passado que os 11 municípios demonstram ser "fortes a resolverem problemas comuns". Daí para cá foram sendo abraçados novos projetos, aumentaram os desafios e cresceram igualmente as competências. "Por isso, em 2011, fomos uma das duas comunidades-piloto em Portugal no Livro Verde da Descentralização. Os bianuais congressos reiteraram essa determinação (como na gestão da ria) aos sucessivos governos." A CIRA considera-se, ao celebrar três décadas, como "capacitada e empenhada em assumir com sustentabilidade mais competências para concretizar uma melhor gestão do território e aumentar a quantidade e a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos, sublinhando a velha reivindicação de inevitável reforma do Estado".