Máquinas e mercados: 5 coisas que tem que saber
As máquinas alteraram a realidade dos mercados. Não se trata de um estudo ou previsão, a inteligência artificial e os algoritmos instalaram-se há uns anos e hoje é possível identificar diversas mudanças, que vieram para ficar.
Alguns investidores estão preocupados com o facto de a inteligência artificial estar a tornar o mercado mais "imprevisível, volátil e até perigoso". Estas preocupações não são novas e nem sempre são racionais. Mas para o bem e para o mal, a verdade é que as ferramentas de apoio ao trading estão a proliferar e a transformar o mundo dos mercados tal como o conhecemos. O Financial Times fez uma análise a esta realidade, falou com especialistas e elaborou uma short-list de fenómenos com que temos que apreender a lidar. Conheça os mais relevantes:
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1. As novas ferramentas de apoio à negociação, nos EUA, como os ETF’s sectoriais e ETF’S da ‘próxima geração’ estão de facto a mudar o mercado, nomeadamente o S&P500. O Financial Times explica que estes algoritmos/inteligência artificial estão a criar correlações pouco habituais e por vezes difíceis de explicar e dá um exemplo: "uma acção de um serviço normalmente com pouco interesse pode repentinamente tornar-se muito atractivo se o ETF que analisou a ‘baixa volatilidade’ do mercado assim o determinar. As acções podem registar chocantes e misteriosas movimentações no final do mês, baseados em factores de ajustamento quantitativos feitos por estes algoritmos, acrescenta o jornal.
2. Tendo em conta que nos Estados Unidos o investimento em ETF’s bateu um novo recorde em Fevereiro não é difícil adivinhar que a crescente importância dos últimos 30 minutos veio, certamente, para ficar.
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3. Os "hiper-rápidos" equipamentos de apoio à negociação estão a criar movimentos súbditos, inexplicáveis e muito acentuados com uma muito maior regularidade. De acordo com os dados do Credit Suisse, estas ´máquinas´ já estão na base de metade de todas as negociações nos Estados Unidos: "Somos todos negociadores de alta frequência", acrescenta o banco suíço de investimento.
4. As máquinas estão a fazer desaparecer as típicas reacções dos mercados à apresentação de resultados das empresas. Usualmente registava-se no mercado uma reacção inicial à divulgação dos resultados e movimentos significativos nos dias seguintes à medida que os gestores de fundos iam explorando com mais profundidade os números apresentados, mas essa tendência desvaneceu porque as máquinas fazem esse trabalho num ápice.
5.
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O director executivo da JP Morgan estima que estes ‘turning points’ estão agora a registar a maior rapidez dos últimos 30 anos, devido às estratégias de trading autómato que rapidamente se ‘desligam’ das notícias que marcam o dia.
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