Virgolino Faneca discorre sobre os magnânimos problemas de Verão

Será que a Ladybug é capaz de ajudar a resolver as coisas más que se estão a passar? Não sabe quem é a Ladybug? Pergunte aos seus filhos, sobrinhos, netos ou ao Cláudio Ramos que costuma saber tudo.
Celso Filipe 17 de Agosto de 2018 às 17:00

Cara Perpétua

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Após o gozo de algumas férias, regressei à labuta com denodo e prenhe de inquietações que ouso partilhar contigo, sabendo das tuas eméritas qualidades de confidente e, sobretudo, de arquitecta de soluções.

Tenho bem vivo na memória o momento em que tu dirimiste, com mestria, o conflito entre a Sónia e Felismina, as quais reclamavam o usufruto completo do Tobias e tu sentenciaste: às segundas, quartas e sextas é para Sónia, às terças, quintas e sábados fica para Felismina. E, quando elas te questionaram como seria o domingo, tu foste eloquente: é para o Tobias descansar, embora tivesses escamoteado que ele iria descansar em tua casa.

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Pois que as minhas preocupações, neste momento, também estão divididas. Por um lado, inquieta-me aquela coisa entre o Trump e o Erdogan, por outro perturba-me aquela coisa entre a Gio e a família toda do Ronaldo, sendo que ambos os estados de alma são exponenciados pelo facto de o Presidente se encontrar a banhos, circunstância que o inibe de comentar os assuntos mais relevantes da actualidade nacional e internacional e apontar saídas para os mesmos.

O Trump, como sabes, não é flor que se cheire. Já o Erdogan, de cada vez que cheira uma, ela murcha. A conjugação destes dois factores torna difícil tomar partido por alguém. O Presidente norte-americano é uma espécie de professor Doofenshmirtz, com a grande diferença de fazer rir pelas más razões, enquanto o líder turco se parece com o senhor Eugene Krabs, sendo que este último tem uma obsessão pelo dinheiro, enquanto a personagem de carne e osso tem uma compulsão pelo poder.

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Neste contexto, pensei colocar em campo a Ladybug, para que esta, fazendo uso dos seus "miraculous", pudesse criar um clima de redenção entre ambos, até que me ocorreu que é difícil que as figuras dos desenhos animados resolvam os problemas da vida real. Fiquei pois sem alternativas e peço, pois, que venhas em meu socorro.

De igual forma, encontro-me atarantado com a guerra entre o clã Aveiro e a Gio. O ditado avisa que "de Espanha, nem bons ventos nem bons casamentos" e a dona Dolores e suas "muchachas" acreditam na sabedoria popular, pelo que pensam (porventura, ajuizadamente) que o casamento de Ronaldo pode provocar um vendaval nas finanças da família, com tudo a voar para a megera da Gio. Vai daí, iniciaram uma guerra de fotos e "likes" nas redes sociais, o que traz uma grande vantagem, na medida em que evita o derramamento de sangue, mas é prejudicial porque mostra o pior das pessoas, a ganância. Nestas circunstâncias, altamente prejudiciais para os interesses nacionais, tive a ideia de convidar a Marine Le Pen a desempenhar o papel de conciliadora, dadas as suas competências em matérias étnicas e migratórias, mas ela escusou-se a ajudar, explicando a atitude como uma retaliação pelo facto de ter sido desconvidada da Web Summit. Ainda aleguei que o encontro se podia realizar em Itália, onde os líderes governamentais partilham das suas opiniões, mas ela mostrou-se irredutível. Para piorar as coisas, ainda pôs uns "likes" nos "posts" de Dolores a azucrinar a Gio, o que me levou a alertar o Bloco de Esquerda e o SOS Racismo para o facto, mas infelizmente, até ao momento, nenhum deles tomou uma posição pública sobre esta desgraça.

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Por isso, Perpétua, também aqui, necessito urgentemente dos teus serviços de mediadora encartada, com uma pós-licenciatura obtida na Universidade Cláudio Ramos, para pôr cobro a esta desgraça.

Aguardo pelas tuas sábias instruções.

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Um ósculo deste teu,

Virgolino Faneca

 

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