Em 2025, a Siemens celebra 120 anos de presença em Portugal, um percurso que Sofia Tenreiro, presidente executiva da empresa no país, descreve como “tendo contribuído, ao longo dos anos, para o sucesso de projetos em todas as suas áreas de atividade – infraestruturas, energia, mobilidade, saúde e indústria”. A CEO da Siemens em Portugal reforça que “atualmente a Siemens está efetivamente em todo o lado. E, apesar de a nossa tecnologia nem sempre ser visível, a mesma contribui diariamente para a melhoria das operações das empresas e da qualidade de vida das pessoas”. Sofia Tenreiro realça o “enorme impacto” da presença da Siemens no país, no passado, no presente e no futuro. “Somos o best kept secret nacional”, destaca a CEO.

Presente nos grandes momentos

Efetivamente, ao longo da sua história a Siemens esteve presente em momentos importantes e estruturantes como o processo de eletrificação nacional, a Expo’98 ou o Euro 2004. Mais recentemente, destacou-se no desenvolvimento dos sistemas de armazenamento e gestão de energia instalados nas ilhas Terceira e na Madeira, e na criação do centro de controlo de água, energia e emissões da EPAL. Além da presença em projetos nacionais, a Siemens criou em Portugal vários centros globais de exportação de serviços e tecnologia, “que já representam cerca de 80% da nossa força de trabalho, e que são motivo de grande orgulho”, como destaca Sofia Tenreiro. Hoje, a Siemens emprega mais de 4.300 pessoas no país e exporta tecnologia e conhecimento para os cinco continentes.

Antecipar e resolver desafios

Para Sofia Tenreiro, percorrer a história da Siemens em Portugal é “conhecer a evolução do próprio país”. Mas a próxima etapa, afirma, será exigente: “Enquanto sociedade enfrentamos desafios sem precedentes, como as alterações climáticas e demográficas, a escassez de recursos humanos e a transformação digital”. A resposta, sublinha a CEO da Siemens Portugal, passa por “construirmos um ecossistema económico robusto, assente em novas e melhores formas de colaborar – mais orientadas para as soluções, de implementação mais rápida e menos burocráticas”. Foi com esta orientação que a Siemens convidou 12 associações empresariais a refletirem sobre o futuro de setores críticos para o nosso desenvolvimento. “Se compreendermos melhor os mercados com maior potencial para o país, os seus desafios e as oportunidades que estão a surgir no seu seio, melhor os conseguiremos servir e maior probabilidade teremos de ser bem-sucedidos, nacional e internacionalmente”, considera a responsável.

Tech Day para debater o futuro

As conclusões serão conhecidas durante a segunda edição do Tech Day Siemens. “Organizamos o Tech Day com o intuito de reunir diferentes personalidades e empresas num único espaço onde possamos debater o papel da tecnologia enquanto elemento fundamental para a eficiência das organizações e o desenvolvimento da sociedade”, afirma Sofia Tenreiro. Mas este ano, e a propósito de assinalar os 120 anos da Siemens em Portugal, a ambição é maior. “Para além de termos lançado uma campanha que desafia o país a refletir sobre o futuro, fizemos algo semelhante, mas mais focado e personalizado, com as associações que participaram no estudo “Visões de Futuro”, convidando-as a refletir sobre os mercados estratégicos que promovem e dinamizam e a partilhar as suas conclusões”, explica a CEO.

Relatório é ponto de partida

Desta forma, o evento marcará também a apresentação do relatório “Visões do Futuro”, elaborado em conjunto com 12 associações empresariais. “Esperamos que este seja um ponto de partida para uma discussão mais alargada e que contribua para o estabelecimento de pontes e para o desenvolvimento de soluções que apoiem os diversos setores nas suas jornadas de digitalização e sustentabilidade”.

Compromisso para os próximos anos

Para a CEO, no futuro a Siemens irá manter o mesmo compromisso com Portugal: “Tal como nos últimos 120 anos, estamos focados em contribuir para áreas de intervenção foco, essenciais para a competitividade do país, como o desenvolvimento de infraestruturas críticas, a modernização e digitalização da indústria, a promoção da formação e da educação ao longo da vida e das competências digitais, e os processos de descarbonização em curso”. Neste contexto, Sofia Tenreiro conclui com uma nota de confiança: “Acredito que, enquanto país, temos tudo o que é necessário para prosperar: empresas de classe mundial, indústrias em ascensão, talento incrível. Para sermos bem-sucedidos, necessitamos de fomentar a colaboração, reduzir a burocracia e acelerar as inovações”. Concluindo, “Portugal pode continuar a contar com o nosso apoio e compromisso, tal como tem acontecido nos últimos 120 anos”.