As reações à morte de João Salgueiro: “Economista brilhante”, “Inteligência invulgar”
O Governo, o PSD, o presidente da Assembleia da República, o antigo presidente Cavaco Silva, o Banco de Portugal, entre outras organizações e figuras públicas, enaltecem o percurso do antigo ministro João Salgueiro, falecido nesta sexta-feira aos 88 anos.
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O antigo presidente da República Aníbal Cavaco Silva faz saber numa nota enviada à agência Lusa que Salgueiro procurou ajudar o país "a encontrar o rumo certo".
Cavaco Silva sublinhou o papel de Salgueiro enquanto membro fundador da SEDES [Associação para o Desenvolvimento Económico e Social], "associação que vem dando um importante contributo para a identificação das reformas indispensáveis à construção de um Portugal de ambição, e da qual permaneceu sempre um associado muito ativo".
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"A vida cruzou o meu destino com o de João Salgueiro, algo inesperadamente, no Congresso da Figueira da Foz, em que disputámos a liderança do PSD. Mantive sempre uma boa relação com o Dr. João Salgueiro, beneficiando em diferentes momentos dos seus conselhos alicerçados num sólido pensamento económico", lembrou ainda Cavaco Silva.
O presidente do PSD também reagiu ao desaparecimento do antigo ministro, escrevendo no Twitter que o lembra como um homem "com invulgar inteligência" e "dedicação à causa pública".
O líder social-democrata lembrou ainda que João Salgueiro "pensou e fez pensar Portugal".
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Em meu nome e do @ppdpsd apresento a consternação por ver partir um dos nossos, um homem com invulgar inteligência, liberdade e dedicação à causa pública. João Salgueiro pensou e fez pensar Portugal. As nossas condolências à sua família e amigos. pic.twitter.com/I70BFUocs7
Também o PSD enviou uma nota de pesar às redações lembrando que o percurso de vida de João Salgueiro "acompanha a história do PSD e de Portugal", sublinhando que este "foi um notável cidadão, economista exímio e respeitado".
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"Por diversas vezes foi chamado ao exercício de funções públicas, cumprindo-as e distinguindo-se com inteligência, seriedade e amor à liberdade", pode ler-se na nota.
Neste sábado, em declarações aos jornalistas, o ministro da Economia, António Costa Silva, afirmou que o desaparecimento do antigo governante representa "uma grande perda para o país".
O presidente da Assembleia da República, também no Twitter, escreveu que Salgueiro "marcou a vida pública portuguesa do seu tempo".
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João Salgueiro foi um economista e político que marcou a vida pública portuguesa do seu tempo. Ajudou-nos a pensar os caminhos do nosso desenvolvimento. Honra à sua memória.
O Banco de Portugal também lamentou o desaparecimento do economista, que foi vice-Governador em 1974.
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A Associação Portuguesa de Bancos (APB), entidade que liderou entre 1994 e 2009, lembra-o como um "ilustre economista, gestor bancário, governante e cidadão civicamente empenhado". A APB entende que João Salgueiro deixa uma "marca indelével na sociedade portuguesa, cujo desenvolvimento sempre norteou a sua ação", pode ler-se numa nota enviada às redações.
Também o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) lamentou a morte do economista: "Figura marcante da vida económica, financeira e cívica de Portugal, o Senhor Dr. João Salgueiro exerceu, no período de 2003 a 2016, as funções de vogal da Comissão Diretiva do Fundo de Garantia de Depósitos, indicado pela Associação Portuguesa de Bancos", recorda o FGD numa nota enviada às redações.
"Deixou a sua indelével marca em todos os que com ele trabalharam e puderam beneficiar das suas notáveis qualidades", acrescenta.
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A SEDES, Associação para o Desenvolvimento Económico e Social da qual Salgueiro foi um dos fundadores, escreveu em comunicado que "humanista e democrata, João Salgueiro era um Patriota sempre ao serviço, tinha um sentido de missão único e uma visão de futuro, por um país mais justo e equitativo".
"Perde o país e perdemos todos, com o falecimento um dos portugueses mais brilhantes das últimas décadas, deixou-nos um Português maior, uma referência e exemplo que procuraremos sempre honrar", considera a SEDES.
O antigo ministro das Finanças faleceu na sexta-feira aos 88 anos, anunciou a presidência da República.
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"Portugal perdeu hoje um dos seus mais brilhantes economistas da segunda metade do século XX", escreveu Marcelo Rebelo de Sousa.
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