Banca espanhola pede mais integração europeia e políticas de estímulo económico
O apelo foi deixado pelo secretário-geral da AEB, Pedro Pablo Villasante, que hoje divulgou que no primeiro trimestre do ano os resultados da banca espanhola caíram 27,5 por cento face a igual período de 2011, devido a provisões e saneamentos totais de 5.869 milhões de euros.
Horas antes de serem divulgadas as necessidades de recapitalização do sector financeiro espanhol, Villasante considerou que a situação económica de Espanha continua a ser "grave", e que "a solução dos problemas actuais virá com mais Europa".
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Sobre a ajuda que o Governo pedirá em breve para sanear entidades, Villasante mostrou-se partidário de que se concedam a bancos que resgatem as entidades débeis e não directamente a elas.
Villasante assegurou que o sector bancário não é o principal problema da economia espanhola, advertindo que Espanha não poderá manter o pagamento de preços tão altos como os que exige o mercado para colocar a sua dívida.
A possibilidade de que Espanha seja resgatada depende de que se abram os mercados, e não da banca, continuando a AEB a defender que as entidades débeis devem desaparecer, disse.
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Isso não significa liquidar, já que pode ser "mais oneroso" para o contribuinte a venda dos seus activos do que a sua absorção por parte de uma entidade solvente, explicou.
Apesar do complexo contexto económico e financeiro, a banca espanhola manteve-se com lucros, ainda que mais reduzidos devido à menor actividade económica e ao peso de provisões e dotações, que ascendem a 110.283 milhões de euros desde 2007.
Esta foi a causa principal da descida nos resultados registada no primeiro trimestre pela banca espanhola, que podem continuar a cair e inclusive entrar em perdas, afirmou.
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As exigências de saneamentos adicionais afectam de forma genérica e "indiscriminada" todas as entidades de crédito, independentemente da sua viabilidade, criticou o responsável da AEB.
Além da queda dos resultados, os dados do primeiro trimestre confirmam também uma queda de 3,1 por cento no crédito concedido com o crédito malparado a atingir os 7 por cento.
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