Empresa chinesa importa cobre de regiões da Ucrânia sob controlo russo
Uma empresa chinesa comprou pelo menos 7,4 milhões de dólares de cobre proveniente de uma fábrica numa região ucraniana anexada pela Rússia e que é alvo de sanções ocidentais, noticia a Reuters, de acordo com dados alfandegários russos.
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A informação recolhida mostra que as trocas comerciais nesta região entre a Rússia e a China estiveram a decorrer mesmo após o início da guerra a 24 de fevereiro de 2022. A empresa chinesa, Quzhou Nova, comprou pelo menos 3.220 toneladas de ligas de cobre da fábrica metalúrgica de Debaltsevsky entre outubro de 2022 e março de 2023.
A fábrica está localizada em Donetsk, na região do leste da Ucrânia, junto à fronteira com Luhansk. As duas regiões estão entre as quatro que o presidente russo, Vladimir Putin, argumentou serem parte da Rússia. Em contrapartida, a maioria dos membros da assembleia geral das Nações Unidas e a Ucrânia consideram a anexação das regiões como uma ilegalidade por parte do Kremlin.
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No total, a china importou cobre e ligas de cobre da Rússia no valor de 852 milhões de dólares entre outubro e fevereiro, de acordo com os dados consultados pela Reuters.
A China não impôs qualquer tipo de restrições no comércio com a Rússia, mas os Estados Unidos têm ameaçado sancionar empresas por todo o mundo que estejam a violar as sanções e avisou Pequim contra o fornecimento de bens sancionados a Moscovo.
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Questionado sobre este tipo de trocas comerciais, em resposta à Reuters, o Departamento de Estado norte-americano afirmou que tem "avisado a República Popular da China (RPC) que assistência à máquina de guerra russa pode ter sérias consequências. Não vamos hesitar de sancionar entidades, incluindo empresas da RPC, que ajudam a Rússia a fazer guerra contra a Ucrânia ou apoiam Moscovo a fugir às sanções".
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