Pedrógão Grande: Marcelo diz que Portugal metropolitano acordou para “Portugais” desconhecidos

O Presidente da República disse este sábado que uma das grandes lições a retirar do incêndio que deflagrou há um ano em Pedrógão Grande foi o despertar de um “Portugal metropolitano” em relação aos “Portugais” desconhecidos.
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Lusa 16 de Junho de 2018 às 18:46

"Houve um Portugal metropolitano que acordou para os "’Portugais’ desconhecidos, os ‘Portugais’ do interior, que são vários. Começou a acordar em Junho e depois continuou a acordar em Outubro", disse Marcelo Rebelo de Sousa, este sábado, 16 de Junho, em declarações aos jornalistas à chegada a Castanheira de Pera.

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O chede de Estado frisou que a seguir à tragédia de Junho de 2017 em Pedrógão Grande "houve uma outra tragédia" em 15 e 16 de Outubro, resultando do somatório destes fogos "uma consciência muito mais aguda de problemas como os atrasos económicos sociais, culturais, o problema da floresta, questões adiadas em termos de estrutura florestal, capacidade de prevenção, capacidade de resposta".

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Em declarações antes da sessão de apresentação do projecto "Pinhal de Futuro", que faz o acompanhamento psicológico de crianças e adolescentes dos 06 aos 18 anos afectados pelos incêndios de 2017 na região, o chefe de Estado disse que estes fogos foram lições a partir das quais se montou "um sistema diferente de prevenção e resposta".

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Marcelo adiantou que após os relatórios da comissão técnica independente nomeada pelo parlamento para analisar os maiores fogos ficaram "pouco mais de seis meses para a resposta que era preciso dar".

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"E dentro desse espaço de tempo acho que todos fizeram o que podiam. Limpou-se o que se podia limpar. As autarquias, a GNR em termos de reforço de meios, as Forças Armadas, [fez-se] o que era possível fazer na Protecção Civil, uma vez que a reforma de fundo é mais para o futuro do que neste ano transitório", enumerou.

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Marcelo lembrou ainda que, além da reconstrução de habitações destruídas, "as pessoas mudaram a sua cabeça substancialmente".

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"E perceberam que não é só não repetir o que aconteceu, é ter um Portugal que não funcione a tantas velocidades e tão desiguais", argumentou.

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O incêndio que deflagrou há um ano em Pedrógão Grande (distrito de Leiria), em 17 de Junho, e alastrou a concelhos vizinhos provocou 66 mortos e cerca de 250 feridos.

 

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As chamas, extintas uma semana depois, destruíram meio milhar de casas, 261 das quais habitações permanentes, e 50 empresas.

 

Em Outubro, os incêndios rurais que atingiram a região Centro fizeram 50 mortes, a que se somam outras cinco registadas noutros fogos, elevando para 121 o número total de mortos em 2017.

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