Sindicato dos Técnicos do Estado recusa definir que trabalhadores são precários
"O papel dos sindicatos é aquele que nós sabemos: o de denunciar todas as situações que há muito deviam estar resolvidas. Este é o nosso papel, independentemente de tudo o que venha a ser a análise de caso a caso nas comissões. Mas com certeza que não esperarão que os sindicatos digam ‘este é precário e outro não é’", afirmou Helena Rodrigues aos jornalistas, após uma reunião no Ministério das Finanças.
PUB
Em causa está um projecto de portaria de regularização de precários que prevê a criação de 14 comissões de avaliação bipartida (uma em cada ministério) com representantes dos ministros das Finanças e do Trabalho, outro do dirigente do serviço e ainda dos três sindicatos da Função Pública.
PUB
Os secretários de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, e do Tesouro, Álvaro Novo, receberam esta tarde o STE e a FESAP, para discutir o processo de regularização de precários do Estado, sendo que ainda estão ouvir a Frente Comum.
PUB
Os encontros ocorrem depois de o Governo ter enviado um projecto de portaria aos sindicatos da Função Pública no qual esclarece que o programa de regularização de precários será alargado a todas as carreiras da Função Pública, à exceção dos professores, uma vez que estes se encontram abrangidos por um concurso de vinculação extraordinária.
Assim que a portaria entre em vigor, e no prazo de dez dias, serão então constituídas as comissões de avaliação bipartida, uma publicação que "já ontem era tarde", no entendimento do STE.
PUB
O processo de avaliação, segundo o documento, começa então por iniciativa do trabalhador, que terá 60 dias para enviar um requerimento à comissão de avaliação do ministério que tutela o seu serviço a pedir que o seu caso seja analisado.
PUB
Para isso, terá que preencher um requerimento onde conste o serviço onde trabalha, a data de início de funções, a sua chefia direta, as funções desempenhadas, se trabalha a tempo parcial ou completo e o tipo de contrato que detém.
"A nossa única reserva, de alguma forma, é fazer com que os trabalhadores que estão nesta situação de precariedade apresentem agora um requerimento a solicitar que lhes digam que o vínculo laboral que têm é o adequado... Ora, se estão nessa situação há 10, 15, em alguns casos, 20 anos, com certeza que não tem dúvidas de que o seu vínculo laboral não é o adequado", afirmou a sindicalista.
PUB
Ainda assim, a presidente do STE apelou aos trabalhadores para que solicitem "de imediato a passagem a contrato de trabalho por tempo indeterminado".
PUB
A sindicalista afirmou ainda que este é "um processo que todos os trabalhadores precários desejam, da regularização de todas as suas situações", insistindo que se regularizem as situações de precariedade que ainda existem.
Saber mais sobre...
Saber mais Helena Rodrigues Função Pública Miguel Cabrita Álvaro Novo STE FESAP Tesouro trabalho políticaAdam Smith aos 250 anos
Quem pediu o euro digital?
Mais lidas
O Negócios recomenda