A década perdida portuguesa em sete gráficos

Portugal só regressará ao PIB de 2008 em 2018, o mesmo se passa com a taxa de desemprego. Pior está o investimento que permanecerá abaixo do valor do final da década passada. São conclusões retiradas das últimas projecções do Banco de Portugal.
Reuters
Rui Peres Jorge 15 de Dezembro de 2016 às 13:14

O Banco de Portugal (BdP) actualizou as suas previsões a 14 de Dezembro, apontando para uma recuperação lenta da economia, suportada num modelo de crescimento que recomenda (leia-se, mais apostado no investimento e nas exportações), com manutenção de um excedente externo, e o desemprego a cair para os 8,5%. Estas são as boas notícias. As más é que nos próximos anos Portugal continuará a crescer menos que a Zona Euro, e menos do que necessita: 2,5% a 3% nominais ao ano, valores inferiores à taxa de juro implícita da dívida pública (que o banco central antecipa em torno dos 3,3%), o que constitui um risco a prazo.

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O trabalho dos economistas do Banco de Portugal que fecha 2016 oferece ainda a oportunidade de perspectivar a crise dos últimos anos na década 2008-2018/9. Uma das principais conclusões é que o rendimento gerado em Portugal em 2018 estará, em termos reais, ao nível do de 2008. Uma década perdida, num país que entrará nos anos 30 do século XXI com a esperança de ter encontrado um modelo de crescimento mais equilibrado, a certeza de registar níveis de investimento insuficientes, e a ameaça de não conseguir pagar as suas dívidas.

 

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O Massa Monetária, um blogue do Negócios, evidencia a década perdida portuguesa em sete gráficos do Banco de Portugal.

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