Costa diz que Portugal pode olhar 2017 com "confiança e tranquilidade"
O primeiro-ministro afirmou hoje que Portugal pode encarar o próximo ano com "confiança e sem sobressaltos", após Bruxelas ter decidido não apresentar qualquer proposta de suspensão de fundos e o Orçamento para 2017 ter recebido "luz verde".
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António Costa falava aos jornalistas antes de um encontro empresarial em Casablanca (Marrocos), depois de a Comissão Europeia ter concluído que, em função da "acção efectiva" realizada pelas autoridades nacionais, o procedimento por défice excessivo (PDE) deve ser suspenso e de ter sustentado que o país deverá "respeitar o valor de referência" para o défice orçamental de 3% "este ano".
A Comissão Europeia disse hoje também acreditar que os riscos de incumprimento que identificou no plano orçamental português para 2017 "não se materializarão" e saudou os dados sobre crescimento económico conhecidos na véspera.
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"Só podemos estar optimistas relativamente a 2017 quanto ao sinal que isto representa em termos de confiança nas finanças públicas portuguesas", declarou o primeiro-ministro.
Segundo António Costa, "objectivamente hoje a Comissão Europeia reconheceu várias coisas: Em 2016 tivemos uma acção efectiva no controlo das finanças públicas e, por isso temos a expectativa de podermos sair do PDE; em segundo lugar há um cancelamento do processo relativo às sanções; e, relativamente ao Orçamento para 2017, os riscos de incumprimentos são bastante limitados".
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De acordo com o líder do executivo, "as famílias podem começar a olhar para o seu dia-a-dia com maior tranquilidade, sem sobressaltos de cortes ou de aumentos de impostos".
"As empresas portuguesas podem olhar com confiança para as condições de financiamento e o país pode olhar com confiança e tranquilidade quanto ao seu relacionamento com as instituições europeias", disse.
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António Costa defendeu depois que "as três mensagens hoje dadas pela Comissão Europeia dão um importante incentivo ao Governo em termos de motivação".
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"A melhor garantia que 2017 vai correr bem foi a forma como correu 2016. Há um ano a Comissão Europeia não aprovou o Orçamento, que teve de ser alterado já na Assembleia da República, e foram exigidas medidas suplementares, ao mesmo tempo em que claramente era dito a Portugal que não iria sair do Procedimento por Défices Excessivos (PDE), tendo ainda sido aberto um processo por sanções", apontou o primeiro-ministro.
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Agora, no entanto, de acordo com o primeiro-ministro, "a multa foi cancelada, hoje caiu a ameaça de suspensão de fundos e o Orçamento para 2017 foi aprovado, tendo sido dito que Portugal iria sair do PDE".
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"Aliás, foi explicitado que os números que na terça-feira foram conhecidos sobre o forte crescimento económico no terceiro trimestre indiciam melhores perspectivas do que os números anteriores com que a Comissão Europeia trabalhou", referiu António Costa.
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Por todos estes factores, o primeiro-ministro acredita que o país "só pode estar optimista relativamente a 2017".
"Portanto, hoje é um bom motivo para estarmos satisfeitos. Se me perguntam se estou hoje mais satisfeito do que há um ano, digo que sim. Levámos um ano inteiro a falar sobre planos B e que as coisas iam falhar. Estamos a chegar ao final do ano e os cenários negativos não se confirmaram", acrescentou.
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