Economia cresceu 0,8% no 3.º trimestre apenas pelo consumo interno
A economia portuguesa cresceu de forma expressiva no terceiro trimestre, mas esse crescimento esteve assente apenas na procura interna. Apoiados nas medidas do Governo, consumo e investimento não só anularam as perdas na frente externa, como fizeram PIB avançar 0,8% em cadeia.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou nesta sexta-feira, 28 de novembro, que no terceiro trimestre a economia portuguesa cresceu 2,4% em termos homólogos e 0,8% em cadeia. Os valores são expressivos e ficaram acima das previsões dos analistas.
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Estes números já tinham sido divulgados na estimativa rápida do INE, publicada a 30 de outubro, e já se dava conta de uma aceleração do consumo das famílias. No entanto, a entidade estatística ainda não divulgava os dados para cada uma das componentes do Produto Interno Bruto (PIB).
Na publicação divulgada agora, o INE mostra que o PIB cresceu apenas pela procura interna, que inclui consumo (das famílias, instituições e Estado) e investimento. A frente interna contribuiu com 1,4 pontos percentuais para o crescimento económico, mais que compensando o impacto negativo da frente externa.
É que a procura externa líquida teve um contributo negativo para o PIB de 0,6 pontos percentuais. Assim, o consumo das famílias - alavancado por medidas de apoio de rendimento decididas pelo Governo no verão, como a redução extraordinária das taxas de retenção na fonte - mais que compensou o impacto de um aumento de importações (2%) e uma quase estagnação das exportações (0,8%).
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Embora no segundo trimestre já tivesse sido a procura interna a puxar pelo crescimento económico, esse contributo foi mais forte no trimestre seguinte. Entre julho e setembro, o contributo para o crescimento do PIB aumentou para 1,4 pontos percentuais - acima dos 0,9 pontos percentuais do 2.º trimestre -, perante os aumentos "mais intensos do consumo privado e do investimento".
Ao mesmo tempo, o contributo da frente externa também foi agora mais negativo. No segundo trimestre, a procura externa penalizou a atividade em 0,3 pontos percentuais, agora 'custa' ao PIB o dobro (0,6 pontos percentuais), "refletindo o crescimento mais intenso das importações, que mais do que compensou o aumento das exportações".
(Notícia em atualização)
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