Indicador de clima económico melhora em junho. Confiança dos consumidores estabiliza
Apesar da instabilidade geopolítica e da guerra comercial com os Estados Unidos, a confiança das empresas aumentou em junho, segundo os inquéritos mensais de conjuntura divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Já a confiança dos consumidores estabilizou, após ter melhorado no mês anterior.
Os inquéritos do INE, realizados entre os dias 2 e 23 de junho, revelam que as empresas e os consumidores aparentam não estar muito preocupados com o agravamento das tensões geopolíticas no Médio Oriente, que se somam à guerra na Ucrânia. Parecem estar também mais otimistas em relação ao impacto das tarifas "recíprocas" de Donald Trump, depois de os indicadores de confiança terem caído aquando da entrada em vigor dessas tarifas, em abril.
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O indicador de clima económico – que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas (indústria transformadora, construção e obras públicas, comércio e serviços) – aumentou de 2,7 pontos para 2,8 em junho, "prolongando o movimento ascendente observado nos dois meses anteriores".
A confiança aumentou em todos os setores de atividade considerados, com exceção do comércio. Nesse setor, o indicador de confiança diminuiu de 1,9 pontos para 0,8 em junho, prolongando a deterioração de confiança observada nos últimos quatro meses. Nos últimos dois, o indicador tem estado a refletir os "contributos negativos das opiniões sobre o volume de vendas e das apreciações sobre o volume de stocks atual".
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Nos serviços, o indicador de confiança inverteu a tendência decrescente observada nos três meses anteriores e aumentou de 12 pontos para 13,9 em junho, com os contributos positivos das apreciações sobre a atividade da empresa e das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas. Por outro lado, as perspetivas em relação à evolução da procura estabilizaram.
Na indústria, o indicador de confiança aumentou "moderadamente" entre fevereiro e junho, segundo o INE, passando de valores negativos a rondar os -5 pontos para -3,5 em junho. Para essa melhoria ligeira contribuíram as opiniões sobre a evolução da procura global e as perspetivas de produção. Na construção, a melhoria de 4,8 pontos para 5,7, deveu-se ao contributo positivo das perspetivas de emprego.
No que toca aos consumidores, o indicador de confiança estabilizou nos -16 pontos em junho, após ter aumentado em maio. "A evolução observada no último mês resultou do contributo positivo das opiniões sobre a evolução passada e das perspetivas sobre a evolução futura da situação financeira do agregado familiar, tendo as expectativas sobre a evolução futura da situação económica do país também registado um contributo positivo, porém muito ligeiro", revela o INE.
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Em sentido contrário, os consumidores estão mais pessimistas em relação à evolução futura de realização de compras importantes.
(notícia atualizada às 10:16)
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