Inflação na Zona Euro acelera para 2,3% em novembro. Portugal acima da média
A variação homóloga da taxa de inflação na Zona Euro acelerou para 2,3% em novembro, segundo a estimativa rápida divulgada pelo Eurostat. O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) da Zona Euro aumentou três décimas, sendo essa aceleração explicada sobretudo pelos preços dos serviços, como alojamento e restauração.
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A estimativa rápida do Eurostat revela que, entre as quatro grandes componentes do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) – alimentos, energia, bens industriais não energéticos e serviços –, os serviços continuaram a ser a componente com a maior variação homóloga (3,9%) de preços. No entanto, em comparação com o mês anterior, tiveram um alívio no índice harmonizado de preços, de uma décima.
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Os bens industriais não energéticos foram a única grande componente do IHPC a registar uma aceleração em novembro, face ao mês anterior. Segundo o Eurostat, o IHPC relativo a estes bens acelerou de 0,5% para 0,7%. Já o IHPC da energia, embora continue em valores negativos, teve uma queda inferior à de outubro, com o IHPC a passar de -4,6% em outubro para -1,9% em novembro.
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Por outro lado, o IHPC dos produtos alimentares teve um alívio ligeiro em novembro, passando de 2,9% para 2,8%.
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Também a inflação subjacente, que exclui energia e alimentos, álcool e tabaco (por serem produtos mais sujeitos a grandes variações de preços) estabilizou em novembro, nos 2,7%. Este terá sido o terceiro mês consecutivo em que se assistiu a uma estabilização na chamada "inflação crítica", que permite perceber o grau de "contágio" da subida de preços entre as diferentes categorias de produtos vendidos aos consumidores.
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IHPC de Portugal acima da média da UE
Entre os 20 países da moeda única, a maioria (16) registou uma aceleração na variação homóloga da inflação em novembro. Apenas a Grécia, Malta e Estónia tiveram desacelerações no IHPC, enquanto a taxa de inflação da Alemanha estabilizou nos 2,4%. No caso de Portugal, o IHPC terá acelerado de 2,6% para 2,7% em novembro, ficando acima da média do euro.
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Com as taxas de inflação mais elevadas da Zona Euro, destacaram-se a Bélgica (5%), Croácia (4%) e Países Baixos, Estónia (ambos com uma taxa de 3,8%). Em sentido contrário, as taxas mais baixas foram observadas na Irlanda (0,5%), Lituânia e Luxemburgo (ambos com 1,1%), e Eslovénia e Itália (1,6%).
(notícia atualizada às 10:57)
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