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Instituto Ifo diz que economia alemã já bateu no fundo e revê PIB em alta

A revisão em alta, para 0,3% de crescimento neste ano, acompanha previsões semelhantes por outras instituições do país após PIB ter descolado no primeiro trimestre.

No 1.º trimestre, PIB alemão surpreendeu com subida de 0,4%.
No 1.º trimestre, PIB alemão surpreendeu com subida de 0,4%. DR
12 de Junho de 2025 às 09:36

As perspetivas para a economia alemã continuam a melhorar, com o instituto Ifo, umas das principais instituições de referência nas previsões económicas do país, a rever nesta quinta-feira em alta a previsão de subida do PIB neste ano e no próximo, para 0,3% e 1,5%, respetivamente.

A melhoria nas expectativas – em 0,1 e 0,7 pontos percentuais – está a ser acompanhada por outras instituições e ocorre depois de a economia alemã ter surpreendido com um crescimento em cadeia de 0,4% no primeiro trimestre e perante sentimento melhorado entre as empresas do país quanto aos próximos meses nas mais recentes leituras do índice de gestores de compras (PMI) para a Alemanha.

A crise na economia alemã atingiu o seu ponto baixo no inverno”, refletem as projeções atualizadas do Ifo. “Uma razão para o impulso no crescimento são as medidas orçamentais anunciadas pelo novo Governo”, indica na nota Timo Wollmershäuser, responsável pelo gabinete de previsões da instituição.

A coligação liderada CDU-SPD, liderada pelo conservador Friedrich Merzer, pretende expandir infraestruturas e investimentos em Defesa ao mesmo tempo que avança também com medidas de alívio fiscal, redução nos custos de acesso às redes de energia, entre outras iniciativas. “O crescente otimismo está também a ser alimentado pela expectativa de que a nova coligação ponha fim à estagnação económica e de que seja alcançado uma acordo na disputa comercial com os Estados Unidos”, indica o Ifo.

Além do instituto Ifo, também o Kiel – outra das instituições que suportam as previsões económicas do Governo alemão – reviu em alta as previsões para este ano, apontando para 0,3% de crescimento.

No arranque do ano, o crescimento trimestral do PIB alemão foi apoiado pela antecipação de exportações para os Estados Unidos, mas também por melhorias no consumo privado e no investimento, componentes que se espera agora que acelerem face ao ano anterior, com a recuperação a ser movida sobretudo pelo lado da procura interna.

Ainda assim, mantêm-se no horizonte os riscos da política comercial da Administração de Donald Trump. O Ifo admite que o nível de tarifas à importação já em vigor penalize o PIB alemão em 0,1 pontos percentuais neste ano e 0,3 pontos percentuais em 2026. Por outro lado, um eventual acordo comercial fará elevar novamente as perspetivas.

As previsões agora atualizadas apontam ainda para que a estabilização dos níveis de inflação média anual em 2,1% em 2025 e em 2% em 2026. A taxa de desemprego deverá aumentar ligeiramente para 6,3% neste ano e voltar a recuar para 6,1% em 2026.

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