O endividamento da economia portuguesa aumentou 4,4 milhões de euros em março, para 829,5 mil milhões de euros, com o setor público a ser responsável pela subida, já que o endividamento do setor privado manteve-se praticamente inalterado.

A conclusão é do Banco de Portugal (BdP), que nesta segunda-feira, 23 de junho, divulgou informação sobre o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares). 

De acordo com o banco central, dos 4,4 mil milhões de euros de agravamento da economia portuguesa, a totalidade deu-se no setor público. Metade deste aumento - 2,2 mil milhões de euros - deu-se no exterior, através da aquisição de não residentes de títulos de dívida pública portuguesa, tanto de curto como no longo prazo.

Depois, outro valor relevante - mais 1,7 milhões de euros - ocorreu perante as administrações públicas, "refletindo refletindo o aumento das responsabilidades em depósitos junto do Tesouro", descreve o BdP. 

Também houve um aumento do endividamento do setor público junto dos particulares (mais 400 milhões de euros), sobretudo por via da subscrição de certificados de aforro, e junto das empresas não financeiras (100 milhões de euros).

Por outro lado, o endividamento do setor privado manteve-se praticamente inalterado, ao aumentar apenas 100 milhões de euros. 

O endividamento das empresas privadas reduziu-se em 900 milhões de euros, refletindo a redução do endividamento em relação ao resto do mundo (em mil milhões de euros).

No entanto, olhando para as taxas anuais, o endividamento das empresas privadas subiu 0,8% em abril face ao mesmo mês de 2024, abrandando face ao mês anterior (quando tinha crescido 1,3%).

Já o endividamento dos particulares "apresenta uma tendência de crescimento desde dezembro de 2023", afirma o BdP, acelerando desde então em termos homólogos. Em abril de 2025, o endividamento dos particulares subiu 5,4% face ao mesmo mês de 2024.