As faces das desigualdades em Portugal em nove gráficos

Sempre que a covid-19 ganha mais uma batalha e perdura, obrigando as economias a manter medidas de confinamento, há outra pandemia que se alastra: a das desigualdades.
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Margarida Peixoto 21 de Março de 2021 às 11:00

Há mais de um ano que o mundo luta contra uma pandemia que atirou os países para uma recessão histórica. Todas as crises são desiguais tendo potencial para prejudicar mais quem já está mais vulnerável. Mas esta, pela sua abrangência, é mais desigual do que as outras.

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A crise provocada pela covid-19 distingue entre os países mais ricos e os mais pobres e prejudica mais as economias mais dependentes do turismo. Os Estados mais endividados são os que menos conseguem reagir uma vez que estão mais limitados no apoio que podem dar às suas empresas e famílias, tornando depois mais difícil a recuperação, mesmo quando a pandemia estiver sob controlo.

Os setores mais atingidos são tradicionalmente atividades com muito emprego precário, com remunerações mais baixas e ocupados por pessoas com níveis de escolaridade menores, que terão depois mais dificuldade em encontrar novo emprego. Nem todos se podem proteger das infeções do mesmo modo: o teletrabalho é viável sobretudo para as profissões com maiores níveis de qualificação e de remuneração, ficando os restantes trabalhadores numa situação em que ou se arriscam ao contágio, ou perdem rendimentos.

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Como a pandemia obriga a medidas de confinamento, as desigualdades pré-existentes no seio familiar, ou mesmo nas condições de cada habitação, tornam-se determinantes. As crianças com pais mais disponíveis, e níveis de qualificação superiores, têm mais apoio no ensino à distância do que as demais.

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